Ao mesmo tempo em que os capitalistas de todo mundo buscam acabar de vez com o isolamento social, impondo o retorno ao trabalho para todos os setores da economia, como é caso das escolas, a pandemia do coronavírus está completamente fora de controle em escala global. Na Europa, países como a França, a Suécia e a Espanha enfrentam a chamada segunda onda de contaminação por conta do coronavírus. Estimativas dão conta de que a contaminação na Europa seguem uma média de 10 mil contaminações por dia.
Na França, diante do aumento do número de contágios e mortes (o País atingiu 18 mil casos por dia e soma 33 mil mortos), o presidente Emmanuel Macron anunciou uma política de toque de recolher nas principais cidades da França, como Paris, Lyon e Toulouse. O governo estabeleceu que bares e restaurante devem fechar impreterivelmente às 21 horas. A multa para aqueles que foram pegos pela fiscalização quebrando o toque de recolher poderão receber uma multa de 135 euros, 1500 euros em caso de reincidência.
Macron, por outro lado, afirmou que escolas e universidades, que estão em funcionamento, não serão fechadas novamente, e que não haverá um retorno ao isolamento social.
O toque de recolher é um política repressiva, demagógica e desesperada do governo francês. O fato é que os capitalistas não realizaram nenhuma política de investimento na saúde e prevenção da segunda onda de contaminação, e agora buscam jogar a responsabilidade do aumento dos casos sobre os ombros da população francesa.
A farsa de tal política fica evidente no fato do governo francês não querer fechar as escolas e implementar novamente a política de isolamento social.
Seguindo o exemplo francês, a Alemanha, Reino Unido e Holanda também mantém as escolas abertas, mesmo com o crescimento da contaminação, os governos destes países até o momento se colocaram contra o retorno da política de isolamento social.
Na República Checa, o governo adotou a medida de suspender as operações sem urgências nos hospitais, para liberar mais leitos para os pacientes contaminados pelo coronavírus.
Na Suécia, a contaminação atinge principalmente a população mais jovem do país. Assim como na França, ao invés de adotar medidas consequentes contra a doença, o governo busca responsabilizar esta parcela da população, com proibições de festas e encontros.
A Itália, um dos países mais afetados pela pandemia no início do ano, atingiu o número de 5 mil contaminações por dia. Outro país onde a contaminação novamente alcançou níveis elevados é a Espanha com 1000 casos por dia em várias regiões do país.
O avanço da pandemia com a segunda onda, demonstra a falência completa do sistema capitalista. Os governos europeus, de um modo geral, buscam fazer demagogia sem qualquer política efetiva de combate à doença, até mesmo a política de isolamento social é colocada para escanteio, tudo para atender os interesses dos grandes capitalistas.
Esta situação demonstra que a única saída diante do avanço da doença é a mobilização popular contra os governos capitalistas e genocidas