O efeito cascata da pandemia do Covid-19 faz com que escolas públicas e privadas fechem suas portas. Foi uma decisão para conter o número de mortos e infectados. Como saída os governos de todo o país, adotaram como resposta ao fechamento temporário a implantação do ensino a distância (EAD).
No estado do Rio de Janeiro, centenas de milhares de estudantes não conseguem acessar diretamente a plataforma Google For Education, uma empresa privada imposta pela Secretária de Educação do Estado (SEEDUC).
Essa é uma política implantada para favorecer as empresas privada injetando mais dinheiro para os capitalistas. EAD é uma saída efetiva apenas para uma pequena parcela da sociedade a burguesia, provocando uma exclusão generalizada.
Dessa forma os estudantes fluminenses tiveram uma decisão acertada como caminho de luta e única saída correta, exercendo uma mobilização contra a implantação do ensino a distância. Associação dos Estudantes Secundaristas Do Rio de Janeiro, (AERJ), convocou uma paralisação no estado, que ocorreu dia 13 de maio em todas as escolas estaduais que adotaram o chamado dos estudantes, demonstrando à farsa do ensino a distância, uma saída oportunista, implantada pelo governo fascista de Witzel.
Os estudantes cobraram a suspensão imediata do calendário, mostrando que o ensino à distância não pode chegar a ser opcional, não é válida nem como solução de nenhuma espécie pois não abrange todos, principalmente a classe mais pobre, não sendo mais do que uma armadilha dos setores privados comandados por interesses imperialistas, um ataque direto na área da Educação e nas escolas públicas.
Os equipamentos para ter o ensino a distância ficam por conta de cada um, impedindo que a esmagadora maioria, que são os mais pobres, não tenham o mínimo de condições para estudar. Para a burguesia e os governos fascistas de Bolsonaro e também Witzel, se você não tem condições é um problema único e seu, ou seja se nasceu pobre é um azar somente seu e ninguém tem culpa disso, no pensamento burguês isso é chamado de “meritocracia”.
É necessário que os estudantes ampliem a mobilização, só assim se poderá chegar a um resultado, o fim de uma política contra o povo pobre, beneficiando apenas a burguesia e em detrimento do direito democrático a uma educação pública, através de um brutal processo de sucateamento do ensino que tem sido muito lucrativo a um limitado conjunto de imperialistas. Os secundaristas devem vincular a mobilização com o “Fora Witizel e Fora Bolsonaro”.