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Se “reforma” de Bolsonaro para a Previdência passar, maioria das mulheres se aposentam após 74 anos

A famigerada reforma da previdência que o governo de Jair Bolsonaro pretende impôr à população é rejeitada pela grande maioria dos brasileiros pelos ataques que fará contra a parcela da população que mais necessita do benefício, entretanto, pouco tem sido dito sobre seu impacto na vida das mulheres trabalhadoras.

As mulheres são maioria entre os desempregados, têm dupla jornada, permanecem contribuindo com a Previdência por menos tempo por ano que os homens, graças as outras atividades que exigem sua dedicação, como a educação dos filhos, cuidados com doentes e idosos da família, entre outras.

Nesse contexto, as mulheres, que com a proposta de  mudança da legislação que que o governo quer impor só poderão se aposentar com 62 anos de idade e pelo menos 20 anos de contribuição, são a parcela mais afetada da população, aquela que dificilmente se aposentará ou, de acordo com a professora de economia da UFRJ, Denise Gentil, se aposentaria com, em média, 74 anos de idade, dadas as condições que foram acima explicadas.

De acordo com a economista, “O governo não apresentou os dados do impacto da reforma, nem para as mulheres, nem para os homens. A reforma é um cheque em branco para deputados e senadores, porque muitos parâmetros serão definidos por leis complementares, como alíquotas, base de cálculos, entre outros. Estaremos à mercê daquilo que o governo Bolsonaro quer impor em leis posteriores”.

A verdade é que Jair Bolsonaro quer a mulher de volta ao fogão e ao tanque, somente “dona de casa”, como verdadeira “escrava do lar”. Os conservadores de plantão não acreditam que as mulheres devam ter os mesmos direitos, pois se trata – para eles – de uma parcela inferior da população (vale lembrar a “fraquejada” do próprio presidente que resultou em sua filha caçula) e não há necessidade de se preocupar com demandas próprias das mulheres.

Entretanto, com 62 ou 74 anos qualquer mulher que na grande maioria das vezes tem dupla jornada, já estará cansada demais para aproveitar o que restaria de vida, isso com a diminuição do benefício que a reforma também prevê (dos atuais 80% dos melhores salários, para 60% de toda a vida profissional, incluindo os míseros salários iniciais pagos para qualquer profissional). Isso tudo sem contar a questão da mulher trabalhadora rural, que terá que trabalhar muito mais do que hoje para atingir as regras mínimas para aposentadoria.

Para combater os ataques que atingem principalmente às mulheres é necessário ir para as ruas, a derrota da reforma da previdência passa pela derrota de Bolsonaro. Fora Bolsonaro tem que ser a palavra de ordem que ecoa na greve geral do próximo dia 14 de junho, pelo direito a aposentadoria para todos os trabalhadores.

 

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