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Liberdade para os presos!

Se já eram infernos na Terra, presídios são ainda piores na pandemia

O sistema carcerário no Brasil é conhecido especialmente por suas deficiências, por exemplo, a insalubridade e superlotação das celas, fatores explosivos em tempos de coronavírus

O sistema carcerário no Brasil é conhecido especialmente por suas deficiências, por exemplo, a insalubridade e superlotação das celas, fatores que auxiliam na proliferação de epidemias e ao contágio de doenças, dentre elas o HIV, uma vez que se estima que cerca de 20% dos presos brasileiros sejam portadores da doença. Acrescente a esse cenário o novo coronavírus e teremos a visão mais completa do que é o inferno.

Acresce-se que todas as penitenciárias e centros de detenção masculinos funcionam hoje com capacidade superior ao limite. Um levantamento feito pelo SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) apurou que a capacidade está 43,9% acima do limite. São imensos “Carandirus” ao ponto de explodir.

Pois, com a saúde à beira do colapso por coronavírus, o Estado do Amazonas isola 300 presos e não testa doentes. Segundo denúncia da Pastoral Carcerária, internos de penitenciária em Manaus apresentam sintomas que poderiam ser de Covid-19. Áudios de presos revelam desespero: “Nós não vamos morrer preso aqui não, tá doido”.

Marcados para morrer. Juntas, prisões com denúncias têm mais de 2,2 mil presos em regime fechado. Mais agravante é que o atendimento de saúde em prisões não está preparado para quadros graves e estado não tem UTIs suficientes.

O cenário é do filme das cadeias turcas do Expresso da Meia-Noite. Dezenas de detentos estão doentes e levantam suspeita de infecção pelo novo coronavírus na segunda cadeia mais populosa do Amazonas, a Unidade Penitenciária de Puraquequara (UPP), em Manaus, segundo a Pastoral Carcerária Nacional.

Existe a denúncia da entidade (Pastoral Carcerária Nacional) baseada em relatos de presos e familiares. Eles afirmam que detentos em situação suspeita de Covid-19 “não seriam levados para a enfermaria”, “permaneceriam algemados no ambulatório”, “que estariam sofrendo desmaios e tremores” e “que não estariam recebendo remédios”. A penitenciária abriga cerca de 1,3 mil presos, segundo dados do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

Deixados para morrer. Em áudios obtidos, detentos da UPP relatam medo de morrer, pedem socorro aos familiares e apelam por ajuda. Parte dos áudios foi gravada durante ligações feitas a parentes na presença de agentes penitenciários e outra foi vazada de dentro dos presídios e compartilhada em grupos de familiares de detentos. Os relatos registrados nas gravações foram reforçados por dois familiares de internos do presídio, dizem: “A maioria deles está gripado, teve um que estava com falta de ar”, conta Marta*, esposa de um preso.

Um prognóstico apocalíptico do próprio governo. A situação é ainda mais drástica porque, segundo o ministro da Saúde Luiz Henrique Mandetta, o Amazonas é um dos Estados brasileiros que pode entrar em fase de aceleração descontrolada de infecções por coronavírus nas próximas semanas, sem ter condições de internação em UTIs para os pacientes mais graves.

Um rastro de mortes. Já em 8 de abril passado, a Secretaria de Saúde do Estado divulgou 804 casos confirmados de Covid-19 no estado, com 30 mortes. O Amazonas é um dos cinco estados acima da média nacional calculada pelo Ministério da Saúde (os outros são o DF, SP, CE e RJ).

Impotência, incompetência e descaso. No dia 6 de abril, o prefeito de Manaus, Arthur Virgílio Neto (PSDB) afirmou que o sistema de saúde da capital havia colapsado pela falta de UTIs. O hospital Delphina Aziz, que desde março atende exclusivamente pacientes com Covid-19, está com lotação máxima nos leitos de UTI, sem capacidade para receber novas internações.

A mortandade nos Presídios será o maior genocídio orientado e consciente desse governo. O ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro, afirmou cinicamente que não há nenhum registro ou suspeita de infecção pelo novo coronavírus em presídios do país e que as medidas adotadas pelo governo federal e pelos governos estaduais devem minimizar a disseminação da doença nas unidades prisionais.

Não resta mais nada a fazer, a não ser, botar abaixo esse governo de golpistas genocidas.

 

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