Na noite último domingo (28), coincidentemente depois de divulgado o resultado das eleições fraudadas em que o fascista Jair Bolsonaro saiu vencedor, conforme Boletim de Ocorrência registrado, uma jovem de 18 anos teria sido coagida e estuprada por dois policiais do Batalhão de Policiamento de Guardas da Polícia Militar de Belo Horizonte/MG.
Ela estava com seu namorado dentro do carro, quando os agentes resolveram abordar o casal de forma ríspida, questionando sobre eventual porte de arma ou de drogas. Ao perceberem que ambos não tinham nada, pediram para que os namorados dirigissem e acompanhassem a viatura até um local deserto.
Chegando lá, retiraram o namorado do veículo e um dos policiais entrou no carro, com o intuito de ficar a sós com a garota. Em seguida, ele começou a acariciá-la e a lhe mostrar o pênis.
Apesar das palavras polidas, nota-se, mais um vez, que a polícia atua como uma corporação blindada, que raramente investiga ou pune seus membros pelas ilegalidades cometidas. No caso em questão, é nítido que foi praticado o crime de estupro, bastando um simples exame de corpo delito para comprová-lo, o que provavelmente não deve ter sido providenciado a tempo na delegacia.
Com isto, percebe-se quão truculenta, violenta, desumana e destinada a exterminar o povo pobre e trabalhador que a polícia é. Com a onda de ataques da extrema-direita e a eleição fraudulenta de Jair Bolsonaro, seus agentes armados se sentem ainda mais autorizados a cometer todo tipo de abuso. A corporação não é controlada pela população e serve apenas como um braço opressor do Estado burguês, devendo ser exigida sua extinção.
Por esta razão, reforça-se o chamado para que sejam construídos os comitês de luta contra o golpe e os comitês de autodefesa, buscando organizar amplamente o movimento feminino contra a extrema-direita, como parte do movimento popular de luta contra o golpe e o fascismo.