O desastre de Brumadinho foi resultado da privatização da Vale do Rio Doce pelo governo neoliberal do Fernando Henrique Cardoso (PSDB). Na época, o governo brasileiro entregou um dos pilares da economia e soberania nacional para os capitalistas estrangeiros.
A Vale foi criada em 1942, e até então não havia dado problema. Porém, com a gestão direta dos capitalistas, a empresa foi se deteriorando. O interesse da burguesia de querer aumentar seus lucros aos custos da população prevaleceu.
Um mês antes do rompimento da barragem, a empresa foi avisada pela fiscalização de que o desastre poderia ocorrer. O aviso, todavia, foi ignorado. Os capitalistas perceberam que o custo da reforma poderia sair mais caro que simplesmente deixar a barragem romper, matando os operários da empresa e a população da cidade de Brumadinho (MG).
Um outro desastre da Vale S.A. havia ocorrido em 2015, quando cedeu a barragem da Samarco S.A. (controlada pela Vale e a BHP Billiton) no município de Mariana, no Estado de Minas Gerais. Na ocasião centenas de pessoas ficaram sem moradia e até onde se sabe morreram 19 pessoas.
Entretanto, o que é preciso ser dito é que tudo isso só ocorreu por conta da administração, sem nenhum tipo de preocupação social, dos capitalistas. A burguesia só pensa em seus próprios interesses. A situação seria muito diferente se a Vale estivesse sob o controle dos trabalhadores.
A administração operária das empresas seria um passo gigantesco no sentido do progresso. Pois estariam trabalhando aqueles que de fato se preocupam com o resto da sociedade. Os operários nunca deixariam a barragem romper, pois saberiam que os prejudicados seriam eles mesmos, suas famílias e vizinhos. No caso dos capitalistas é diferente; sacrificaram centenas de trabalhadores por conta do lucro. Por isso, a Vale S.A. precisa ser imediatamente expropriada e colocada sob o controle dos trabalhadores.