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Saúde sem recursos, profissionais e povo em risco

Profissionais da saúde não precisam somente de palmas, precisam de recursos financeiros para o combate e proteção à doença. Mas Bolsonaro só dá dinheiro pros bancos.

Não é novidade pra ninguém que no Brasil inúmero profissionais da saúde estão a colocar suas vidas ainda mais em risco na rede pública e privada de saúde, por conta do Coronavírus.

São vários os exemplos do enorme perigo, em São Paulo, no Hospital Instituto de Infectologia Emílio Ribas, uma especialista em casos de doenças infecto contagiosas, em atendimento a um caso suspeito, ela seguiu as orientações dadas pelo Ministério da Saúde aos profissionais da saúde e usou equipamentos de proteção individual: gorro, máscara N95, luvas, aventais descartáveis e óculos protetores. Com os aparatos, seguiu para uma sala de isolamento com pressão negativa, onde costumam ser atendidos pacientes com doenças virais, para evitar a propagação. “O paciente tossia muito e tinha os sintomas da covid-19. Ele estava com a garganta com muita secreção”, diz. “Uma coisa que me deixou muito preocupada foi o fato de que caiu uma gotícula da tosse dele em meu rosto, mesmo com a máscara, durante o atendimento”. Muito preocupada, fez os testes e que felizmente seu resultado deu negativo, o seu caso representa o despreparo que pode acontecer em outras unidades de saúde pelo Brasil. “Não é mistério pra ninguém que enfrentamos dificuldades no sistema público de saúde, como falta de material e de insumos. Eu tive que ficar muito próxima ao paciente, enquanto o atendia, pois a sala de isolamento estava com a luz muito fraca e porque o estetoscópio era muito antigo”, declara.

De acordo com o Ministério da Saúde, do governo Bolsonaro, os profissionais de saúde estão preparados para lidar com uma pandemia como o Sars-cov-2, citando que desde os primeiros casos do novo vírus no mundo, a pasta lançou um protocolo de manejo clínico com EPIs para médicos e enfermeiros, conforme orientado pela Organização Mundial de Saúde (OMS), para evitar possíveis infecções. Nada poderia ser mais mentiroso e sem respeito pela vida da população e dos trabalhadores, o anúncio governamental contrasta drasticamente com as declarações de trabalhadores da saúde em todo país.

De acordo com a Técnica de Enfermagem S.S.C, entrevistada pelo Diário Causa Operária, que trabalha em um grande hospital na periferia da zona leste paulista, a situação é hiper-estressante, visto que não há equipamentos de proteção adequados. Diz ela: “Faltam equipamentos básicos de segurança, como aventais simples de proteção, que só podem ser usados somente se houverem casos suspeitos. Mas isso é um absurdo, muitas vezes você já teve contato no atendimento e este paciente só depois será diagnosticado como suspeito. Não há máscaras N95, as mais indicadas na prevenção de doenças infectocontagiosas. Faltam máscaras mais simples de proteção que devem ser trocadas a cada duas horas, muitas vezes ficamos 4 horas com as mesmas”.

Inúmeros médicos e enfermeiros avaliam que situações como na Itália e na China, onde seus sistemas de saúde foram extremamente sobrecarregados pelo novo coronavírus, são exemplos sobre como proceder no Brasil. No entanto, um mês depois do primeiro caso, se verifica que o governo fascista, com milhares de casos confirmados no país e com a curva de crescimento de casos na ascendente, está muito longe de encaminhar quaisquer medidas que de fato possibilitem protocolos dignos de atendimento à população e de proteção aos trabalhadores da saúde em geral.

Na China, onde surgiram os primeiros casos do vírus, um levantamento apontou que cerca de 1,7 mil agentes de saúde foram afetados pela covid-19, em meio a um sistema de saúde sobrecarregado. Um dos principais fatores foi a falta de proteção adequada inicialmente, logo depois corrigida pelas autoridades chinesa, principalmente em Wuhan. Que em um país com mais de 1,4 bilhões de habitantes(Sete vezes maior que a população brasileira), pode-se dizer que tiveram sucesso no combate posterior a epidemia.
Neste momento, é fundamental aumentar recursos humanos e estruturais para enfrentar a situação.

O Presidente do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen), Manoel Carlos Neri em afirmacão ao site do Cofen, colocou que “É preciso investigar a provisão de EPIs para profissionais, os insumos e a capacitação das equipes. Os profissionais precisam estar preparados para atender toda essa demanda de pacientes que é previsível que vá desde a unidade básica de saúde até as especializadas”, declara Neri. “Deverá ser um impacto muito grande na saúde”, acrescenta.

“A questão da enfermagem é muito preocupante, a exemplo de outros países, como na China. É o profissional de enfermagem que fica ao lado do paciente praticamente 24 horas por dia. Por isso, não é impossível que alguns profissionais sejam infectados em alguma situação, por estarem tanto tempo ao lado do paciente”, diz o presidente do Cofen.
“… há uma falta muito grande de profissionais de enfermagem nas equipes. Deveria haver também uma preocupação em reforçar as equipes de enfermagem, como medida de combater o coronavírus. Já temos um número de profissionais abaixo do adequado para atender a população. Agora essa situação deve ficar ainda mais evidente”.

A saída para defesa de todos os profissionais em saúde do país, passa por sua mobilização contra os ineficientes e criminosos planos do governo golpista. O Sindicato dos Servidores Públicos do Município de São Paulo, com apoio do Sindicato dos Médicos do Estado de São Paulo (Simesp) e do Sindicato dos Trabalhadores da Saúde (Sindsaúde-SP), foi um dos poucos a fazer algumas mobilizações. No último dia 18 de Março, saíram às ruas e organizaram vários atos públicos. Os atos ocorreram em frente ao Hospital do Servidor Público Municipal de São Paulo (HSPM), na Aclimação, e no Hospital do Servidor Estadual (Iamspe), na Vila Clementino, ambos na zona sul, no Hospital Maternidade Leonor Mendes Barros, Hospital São Mateus, e na UBS Paraguaçu, na zona leste. Os servidores na ocasião reivindicaram o fortalecimento do SUS como caminho para responder à pandemia e reforçaram que os processos de terceirização na saúde precarizam os atendimentos e enfraquecem a resposta do país.

A saída como propõe desde o início o Partido da Causa Operária é a mobilização dos trabalhadores, em que pese o atendimento fazer parte direta dos serviços essenciais é necessário atos em frente aos hospitais, atos nas ruas de denúncia da situação atual em todos os hospitais de São Paulo (cidade mais afetada pela ascensão da epidemia), com os trabalhadores que não estão em atendimento. Os trabalhadores e servidores tem que fazer a sua voz ser ouvida, atos em defesa da vida de todos os trabalhadores, dos servidores, por investimentos massivos na saúde e pelo Fora Bolsonaro como única maneira efetiva de combater o vírus e defender o povo.

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