O poder público está totalmente despreparado para enfrentar e epidemia de coronavŕus que tem se expandido pelo território nacional e já passa a ser a principal preocupação da população.
O Sistema Único de Saúde (SUS) não tem como atender a demanda por leitos no sistema hospitalar para doentes de coronavírus, que exige internação em Unidades de Terapia Intensiva (UTI) com equipamentos de respiração para ventilação mecânica. Segundo dados divulgados sobre o sistema de saúde, o país está abaixo do número mínimo de leitos recomendado pela Organização Mundial da Saúde.
As piores situações estão nas regiões Centro-Oeste, Norte e Nordeste. Nas regiões Sul e Sudeste, o Estado do Rio de Janeiro é o que apresenta situação mais precária. No âmbito municipal, menos de 10% têm leitos de UTI, seja nos sistemas público ou privado.
Antes da epidemia, a taxa de ocupação dos leitos nas UTIs era de 95% no SUS, o que faz com que o sistema público funcionasse no limite de sua capacidade. A demanda da epidemia pode levar o sistema ao completo colapso. O sistema privado apresenta número de leitos hospitalares maiores, mas somente 25% da população tem condições de pagar por um plano de saúde mensalmente.
O governo Jair Bolsonaro e todo o bloco político golpista não têm condições e nem vontade de enfrentar a epidemia do coronavírus. As políticas neoliberais implantadas nos últimos anos, como o congelamento de investimentos públicos (“PEC da Morte”), a liquidação do Programa Mais Médicos, os sucessivos cortes orçamentários do SUS e a implantação de programas de parcerias público-privadas, debilitaram a rede pública de saúde até o limite. Os problemas crônicos da saúde tendem a se agravar até o completo colapso, o que deixaria a população à mercê da sorte.
O Partido da Causa Operária apresentou um programa para mobilizar o povo para enfrentar a epidemia de coronavírus, com medidas concretas. Dentre elas, o aumento imediato de recursos para o SUS; a estatização de todo o sistema de saúde privado; formação de conselhos populares para fiscalizar os serviços de saúde; proibição das demissões e cortes de luz e água; licença-saúde para todos os afetados; aumento no número de leitos hospitalares; soltar todos os presos provisórios e garantir condições adequadas de saúde nas prisões; nenhuma suspensão de direitos políticos e das liberdades de reunião e manifestação; Fora Bolsonaro, Fora Doria, Fora Witzel, Fora Zema e todos os golpistas.