Da redação – A decadência capitalista é clara. O sarampo, além de ter voltado com força no Brasil, chegou com tudo na Europa, atingindo principalmente quatro países onde a doença era erradicada: Reino Unido, República Tcheca, Albânia e Grécia – países profundamente atingidos pela crise capitalista.
Os dados foram informados nesta quinta-feira (29) pela Organização Mundial da Saúde (OMS), que detectou quase 90 mil casos de sarampo em 48 países europeus, nos primeiros seis meses de 2019, mais que o dobro que o primeiro semestre de 2018, quando foram registrados menos de 45 mil casos.
Diante disso, quatros países (Reino Unido, Grécia, Albânia e República Tcheca) perderam o status de “erradicação total”, que corresponde à ausência de transmissão contínua durante 12 meses.
“O retorno da transmissão do sarampo é preocupante. Sem a garantia e manutenção de uma cobertura imunológica maciça entre as populações, crianças e adultos sofrerão inutilmente e alguns morrerão”, segundo Günter Pfaff, presidente da Comissão Regional de Verificação da Eliminação do Sarampo.
Na Europa, o sarampo levou à morte de 37 mortes no primeiro semestre de 2019 e 74 em 2018. Em 60% dos casos, a doença atinge jovens menores de 19 anos; e quatro países concentram 78% dos casos de sarampo no continente: Ucrânia, Rússia, Geórgia e Cazaquistão.
Hoje em dia, em 35 dos 53 países o sarampo é considerado erradicado. Em 2017, eram 37 países. Além disso, a doença é endêmica em 12 países, como a França e a Alemanha.
No mundo todo, “o número de casos triplicou entre 1º de janeiro e 31 de julho, com 364.808, contra 129.239 no mesmo período de 2018”, segundo o G1 (29/08/19). Porém, estes dados escondem diversos casos que não são relatados. A situação é ainda mais grave.
Os países que mais registraram casos de sarampo, no mundo, são Ucrânia, Madagascar e a República Democrática do Congo.
A volta de doenças como o sarampo, tanto no Brasil, como na Europa, revela uma profunda decadência do sistema capitalista, que coloca em risco a vida da população mundial.