A diretora do Fundo Monetário Internacional, Kristalina Georgeava, anunciou na última segunda-feira, a suspensão do pagamento dos serviços da dívida de 25 países com a instituição, por um período de seis meses.
Os países contemplados pelas medidas, são: Afeganistão, Benim, Burkina Faso, República Centro-Africana, Chade, Comores, Congo, Gâmbia, Guiné-Bissau, Haiti, Libéria, Madagascar, Malawi, Mali, Moçambique, Nepal, Níger, República Democrática do Congo, Ruanda, São Tomé e Príncipe Príncipe, Serra Leoa, Ilhas Salomão, Tajiquistão, Togo e Iêmen. Segundo Georgeava, a medida visa aliviar esses países diante da pandemia do Coronavírus.
O que a diretora não anunciou foi que outros 65 países tiveram seus pedidos de ajuda negados pelo FMI, entre eles, a Venezuela, País estrangulado, pelo boicote econômico do imperialismo, exatamente em um momento que sua população sofre com a expansão da epidemia do coronavírus.
A decisão do FMI não passa da mais barata demagogia desse que é um dos principais órgãos do imperialismo mundial, símbolo da dominação financeira dos grandes parasitas, os bancos, sobre os países oprimidos.
A “caridade” do imperialismo pode ser medida pelos números em questão. A suspensão da cobrança dos serviços da dívida – a agiotagem internacional – será de aproximadamente 500 milhões de dólares e não se trata de ajuda nova. Esse valor não é dinheiro novo, mas apenas deixará de sair por um período de 6 meses. Quando se considera a população total desses países, aproximadamente 490 milhões de pessoas, vê-se que a “ajuda” corresponde a pouco mais de 1 dólar por habitante, em países marcados pela miséria absolutamente de praticamente todos os seus habitantes. Países rapinados pelo próprio imperialismo e que estão absolutamente à mercê de um genocídio sem precedentes com a pandemia.
No outro lado da moeda, a dos países imperialistas, mais de 10 trilhões de dólares já foram injetados em suas economias para garantir a liquidez dos bancos! Para países paupérrimos, 500 milhões, para os bancos, os agiotas mundiais, 10 trilhões. Essa é a lógica do imperialismo!
A tragédia humanitária que está se colocando em todo o mundo, mas que nos países pobres se prenunciam como hecatombes inimagináveis de perdas de vidas humanas vai mostrar para a esquerda que vive na ilusão da “democracia”, das eleições e na defesa dos seus cargos parlamentares, a verdadeira barbárie humana que significa o capitalismo.
A luta para por fim ao capitalismo é a única saída efetiva para se construir uma perspectiva de vida para a população mundial. Abaixo o imperialismo! Não pagamento das dívidas externas!