A rede municipal de saúde de São Paulo está em situação caótica. Funcionários do Hospital Municipal do Tatuapé, localizado na zona Leste da capital paulista denunciaram a superlotação e a falta de equipamentos de proteção individual (EPIs), como máscaras, luvas, avental impermeável descartável e álcool gel.
Catorze pacientes foram instalados na sala de observação do Hospital do Tatuapé, que foi transformada em uma unidade de atendimento semi-intensivo improvisada, com a maioria dos pacientes sedados e entubados. Há idosos e jovens no mesmo espaço. Todos eles estão com o Covid-19 e apresentam o comprometimento das funções respiratórias, quadro mais grave da doença.
Os pacientes deveriam estar em uma sala de UTI, mas não há mais vagas. Sem equipamentos adequados de proteção, o risco dos funcionários se infectarem e passarem a ser um vetor de transmissão do coronavírus aumenta.Em diversas ocasiões, devido ao caos e a superlotação, os parentes de pacientes sequer têm informações sobre o andamento dos atendimentos.
A situação do Tatuapé ilustrativa da rede municipal de São Paulo em conjunto. A rede estadual de saúde encontra-se na mesma situação, com hospitais e postos de atendimento precarizados, superlotados e sem equipamentos de proteção individual. A concentração de pacientes sem condições de infraestrutura adequadas faz com que os próprios hospitais sejam fatores de expansão da contaminação.
Os governos Bruno Covas (PSDB) e João Dória (PSDB), seguindo a linha do governo Jair Bolsonaro, ocultam os dados sobre o coronavírus da população. As atrocidades têm sido mascaradas com manipulações nos dados, enquanto centenas de milhares de pessoas morrem à mingua.
Para enfrentar o coronavírus é preciso esclarecer, organizar e mobilizar a população. O Partido da Causa Operária propõe as seguintes medidas:
- Aumento imediato das verbas para a saúde, aumentar o número de instalações e equipamentos
- Suspensão das aulas nas escolas e universidades
- Contratação imediata de todo o pessoal da saúde necessário para enfrentar a crise;
- Aumento do número de leitos nos hospitais públicos
- Distribuição gratuita da máscaras, luvas e álcool e remédios
- Formação de conselhos populares de fiscalização do serviço de saúde
- Estatização de todo o sistema de saúde
- Estatização dos laboratórios
- Estatização da produção de equipamento de saúde 10.Construção de abrigos para os moradores de rua
- Aumento das vacinas disponíveis contra a gripe e abertura de mais postos de vacinação
- Proibição de cortes de luz e água
- Estabelecer sistema de testes em todos os lugares
- Suspensão do rodízio de automóveis
- Proibição das demissões
- Licença saúde paga para todos os afetados pela crise
- Licença saúde paga para todos os afetados pela crise
- Redução da jornada de trabalho, sem redução dos salários, formação de turnos com pessoal reduzido
- Comitês de controle do abastecimento e especulação com gêneros de primeira necessidade
- Proibição da superlotação do transporte público
- Reforço da merenda nas escolas públicas e presídios
- Soltar todos os presos provisórios, não perigosos, garantir condições de saúde adequadas
- Fazer todos os estabelecimentos funcionar em turnos
- Nenhuma suspensão de direitos políticos, reunião, manifestação
- Nenhum dinheiro para os bancos e especuladores, estatização do sistema financeiro
- Nenhum dinheiro para os capitalistas, estatização das empresas falidas
- Nenhuma demissão, escala móvel de horas de trabalho
- Redução da semana de trabalho para 35 horas (7×5)
- Aumento dos valores do bolsa-família e extensão do plano para fazer frente às necessidades de saúde e da crise econômica
- Fim das privatizações, cancelamento das já realizadas
- Fora Bolsonaro, Witzel, Doria etc.
- Por uma assembléia constituinte convocada sobre a base da mobilização popular
- Por um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.