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Melhor futebol do mundo

São Paulo e Grêmio apostam em jogadores da base

Duelo de tricolores nas semi-finais da Copa do Brasil pode ter em campo até 9 atletas revelados pelos clubes.

No confronto da quarta-feira pelas semifinais da Copa do Brasil (ainda não realizado até o final desta edição), que chama a atenção não somente pelo peso das camisas que estarão se enfrentando, já que que em campo estarão jogando dois tricampeões da libertadores, torneio de maior prestígio da América do Sul, mas também pelo número de atletas revelados pelas categorias de base: são 9 atletas que podem estar em campo.

O título do torneio, além de uma bolada de 54 milhões ao vencedor, também dá a vaga para a Libertadores: rumo ao tetra, seja qual for das duas equipes, que também fazem boa campanha no campeonato brasileiro, com o time paulista na liderança e o time gaúcho entre os 5 primeiros colocados da ponta de cima.

”Us guri” x ”Made in Cotia”

Entre titulares e reservas, jogadores que foram fundamentais para que os clubes chegassem ao atual momento sonhando com títulos das competições.

No Grêmio, Matheus Henrique (23 anos), Darlan (22), Jean Pyerre (22) e Pepê (23) devem estar em campo. Mas a equipe do treinador Renato Portaluppi também pode ganhar mais uma estrela jovem: o atacante Ferreirinha (22), que pode assumir a titularidade na vaga do também jovem Luiz Fernando (24), que será uma ausência por ter participado do torneio pela equipe do Botafogo no começo da temporada.

Na equipe paulista, são quatro jogadores garantidos na equipe titular de Fernando Diniz: Luan (21 anos), Gabriel Sara (21), Igor Gomes (21) e Brenner (20), todos atletas que se tornaram unanimidade no elenco e foram decisivos na temporada.

No banco de reservas, outros garotos ainda podem ter a oportunidade de entrar em campo no decorrer do jogo. No São Paulo, Diego Costa, Toró, Rodrigo Freitas, Rodrigo Nestor, Denis Junior e Thiago Couto são opções. Tem também Hernanes, revelado no clube em outra geração.

As opções reveladas na base do Grêmio são Ruan, Lucas Araújo e Guilherme Azevedo. Guilherme Guedes e Isaque também poderiam estar nessa lista, mas estão machucados.

Uma disputa subterrânea no futebol brasileiro

Existe no futebol brasileiro hoje uma disputa subterrânea além da disputa do campeonato propriamente. É uma luta entre o futebol brasileiro (isso envolve a questão dos técnicos estrangeiros versus brasileiros e a questão das grandes contratações versus jogadores revelados na base)

Por exemplo, é preciso ressaltar que o bom aproveitamento dos jovens das categorias de base também se dá pelo bom trabalho dos treinadores Renato Gaúcho e Fernando Diniz, que apesar de estarem obtendo resultados, tiveram que engolir bastante sapo da imprensa capitalista que persegue treinadores brasileiros enquanto levanta a bola dos gringos como Jorge Jesus, Coudet, Sampaoli e Abel Ferrara.

Técnicos brasileiros, mesmo jovens e promissores como Fernando Diniz, Roger Machado, Odair Hellman, Lisca ou até mesmo os veteranos e medalhões como Vanderlei Luxemburgo, Cuca, Mano Menezes, Abel Braga, são todos eles descartados pela imprensa esportiva bem pensante, que faz campanha pelos treinadores estrangeiros.

Interesses econômicos determinam o mundo do futebol

O grande número de jogadores da base também revela algo que nós já sabemos: o melhor futebol do mundo continua sendo o futebol brasileiro. Os jovens atletas são lapidados desde cedo, mesmo com uma curta carreira na base, para serem vendidos por verdadeiros caminhões de dinheiro pelos clubes europeus, como ocorreu com os atletas do Grêmio Arthur e Everton, campeões da libertadores em 2017 e que foram vendidos para o mercado espanhol e português, Barcelona e Benfica, respectivamente.

Desde que Renato Portaluppi assumiu a equipe, em setembro de 2016, sua filosofia sempre foi a de mesclar os jovens atletas das categorias sub-20 e sub-23 com nomes mais cascudos, mas mesmo assim dificilmente um garoto virou titular de vez com o treinador carioca, o que expõe a própria pressão da imprensa gaúcha sobre os atletas, que segundo eles ”não estão preparados”.

Mesmo assim, Pepê, jovem atacante com 14 gols na temporada, se tornou um dos grandes destaques do time gaúcho. Após a venda de Everton ”Cebolinha” para o Benfica, ele despontou como titular e vem atraindo bastante a atenção de empresários do futebol europeu a cada nova janela de transferências.

A política dos capitalistas para o futebol

Finalmente, é preciso ressaltar que o bom aproveitamento das categorias de base dos clubes grandes brasileiros também se dá apesar da CBF, que diante da situação de ataque do imperialismo ao futebol brasileiro, sempre tratou de desvalorizar os jogadores, fazendo o serviço de capacho dos grandes empresários, os tubarões do esporte.

Essa sempre foi a política dos capitalistas para o esporte mais querido do mundo e número um dos brasileiros. Quantos craques você conhece que só precisariam de uma chance? Se somos pentacampeões do mundo nessa situação, imagina se cuidássemos dos nossos craques.

Nesse sentido mostra a importância e urgência de que os torcedores devem tomar os clubes em suas mãos, com o apoio dos jogadores (tanto profissionais como os das categorias de base), a fim de desburocratizar, democratizar e reestruturar por completo as suas administrações, eliminando o controle dos capitalistas sobre os clubes e colocando-os a total serviço das massas torcedoras e trabalhadoras.

Somente sob o controle democrático dos torcedores, os investimentos poderão ir para as principais áreas, como a melhoria das estruturas, das condições de estadia e trabalho dos jogadores, da popularização do preço dos ingressos e da manutenção dos craques ao invés de irem tão cedo para os centros capitalistas, esvaziando os gramados brasileiros.

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