Os petroleiros de São Caetano do Sul, no ABC paulista, decidiram no último dia 11 de fevereiro ingressar na greve nacional dos petroleiros. De acordo com o último levantamento da Federação Única dos Petroleiros, a FUP, os trabalhadores já aderiram à greve em 102 unidades do Sistema Petrobras organizadas em 13 estados do país.
A greve, que teve início no primeiro dia de fevereiro, já atinge seu décimo primeiro dia e continua se fortalecendo. São mais de 20 mil trabalhadores de braços cruzados nas 48 plataformas, 20 terminais, 11 refinarias, 7 campos terrestres, 5 termelétricas, 3 UTGs, 1 usina de biocombustível, 1 fábrica de fertilizantes, 1 fábrica de lubrificantes, 1 usina de xisto, 1 complexo petroquímico e 3 bases administrativas.
A ocupação do prédio da Petrobras pelos diretores da FUP, ocorrida no dias 31 de janeiro, também indica a força da mobilização dos petroleiros.
O estopim da greve foi o anúncio de fechamento e demissão de mil trabalhadores petroquímicos da Fábrica de Fertilizantes Nitrogenados (FAFEN), em Araucária, Paraná, no meio de janeiro. Esses trabalhadores, então, iniciaram uma greve com ocupação do local, e foram seguidos pelos petroleiros do Brasil inteiro que, em assembleia, foram aderindo à paralisação.
Para a greve ser vitoriosa, é preciso ampliar e radicalizar a mobilização. Contra a tentativa por parte do governo golpista de comprar fura-greves para sabotar a mobilização, organizar piquetes em cada unidade. Ocupar os demais locais, impedir a produção, construir comitês de autodefesa e chamar à solidariedade e apoio dos trabalhadores das demais categorias pelo Fora Bolsonaro.