Depois do “pibinho” de 2018, cujos dados oficiais apontaram um minúsculo crescimento 1,1%, repetindo o mesmo índice de 2017, que não recuperam nem a metade do declínio de 2016 (-3,6%) e de outros dados negativos da economia nacional, o Ministério da Economia divulgou ontem (dia 1º) que a balança comercial registrou, em março, um superávit de US$ 4,99 bilhões.
Aqui também não há nada a comemorar.
A exportações somaram US$ 18,12 bilhões e as importações, US$ 13,13 bilhões. Com estes números, o saldo é o menor dos últimos três anos e retrocedeu quase um quarto em relação ao saldo do ano anterior (22,27%).
Ainda tomando-se como base de comparação, o mês de março do ano passado, as exportações tiveram queda de 1%, enquanto as importações registraram aumento de 5,1%.
Destaque-se que, no caso das exportações, ocorreu um aumento de 7,9% na venda de produtos básicos, enquanto as exportações de manufaturados, caíram 6,5% e as de semimanufaturados, 0,5%.
Os dados da balança comercial e do PIB se somam a muitos outros dados que mostram uma despencada crescente da economia nacional, como queda de 0,8% registrada pela indústria em janeiro de 2019 ante dezembro de 2018 (com destaque para a produção de bens de capital que caiu 3,0%, no terceiro mês consecutivo de quedas, acumulando uma retrocesso de de 10,2%). É claro que, alem das perdas dos capitalistas do setor, as maiores vítimas desse retrocesso são os trabalhadores que viram quase 900 mil empregos formais desaparecerem, o número oficial de desempregados no Brasil chegar a 13,1 milhões de pessoas, em fevereiro, o que representou uma alta de 7,3% em relação ao trimestre anterior e o total de desempregados, pessoas que têm emprego, mas gostariam de trabalhar mais horas e trabalhadores que estão desocupados, mas não conseguem procurar emprego por motivos diversos, chegar a 27,9 milhões de pessoas.
O golpe de Estado mostra no mundo real, no mundo da economia, em questões decisivas que determinam as condições de vida de milhões de pessoas seus verdadeiros resultados, muito além das palavras e discursos dos direitistas. O que se vê é uma dilapidação total da economia nacional para satisfazer os vorazes apetites do grande capital imperialista, principalmente da “pátria” norte-americana da qual o governo ilegítimo de Bolsonaro (e todo o regime golpista) é devoto.
Uma situação que evidencia que todo o País está sendo levado para o abismo e o quanto é fundamental a luta para colocar para fora Bolsonaro e todos os golpistas.