Nesta quarta-feira, o presidente ilegítimo e fascista Jair Bolsonaro anunciou a substituição do diretor-geral da Polícia Federal e abriu uma nova grande crise. A substituição de Maurício Valeixo da direção-geral da PF é um duro golpe contra o agora ex-ministro da Justiça Sérgio Moro, pois Valeixo foi superintendente da PF no estado do Paraná durante a Operação golpista Lava-Jato, sendo braço direito de Sergio Moro.
O pedido de demissão do golpista Sergio Moro se deu após o anúncio e dizer que foi pego de surpresa com o anúncio. Essa é mais uma enorme crise dentro do governo Bolsonaro que é uma verdadeira guerra civil desde que assumiu a presidência da república. Outros capítulos deste conflito foram os conflitos entre Bolsonaro e Paulo Guedes em relação ao petróleo, o enfrentamento entre os militares do governo e o mesmo Paulo Guedes em relação ao plano econômico e até enfrentamentos menores de Bolsonaro com a ala militar.
Moro afirmou que o presidente queria possuir acesso a inquéritos e processos que corriam dentro do Supremo Tribunal Federal (STF). Sérgio Moro, como um juiz e conhecedor do mundo jurídico, sabia das consequências de seu discurso. Nesse sentido todos entenderam que não eram simples comentários de um ministro que pediu demissão, e sim acusações gravíssimas de embasam um pedido de impeachment do presidente fascista Jair Bolsonaro.
Por isso, Moro sai do ministério e pode ser peça chave de um possível impeachment, pois cria as condições jurídicas e realizadas por um ex-ministro que conta com o respaldo de vários setores da burguesia.
É uma clara traição a Bolsonaro, mas esse tipo de traição é bem comum na política burguesa, e o que nos chama a atenção é essa articulação de retirar Bolsonaro realizada por setores da burguesia que já vêem com bons olhos essa mudança. A burguesia realiza dessa maneira a saída de Bolsonaro seja sob seu controle, e portanto, no tempo e da maneira que acharem melhor e de maneira conveniente.
De maneira casada, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta quinta-feira que o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), preste informações em dez dias sobre um pedido de impeachment feito no fim de março e que ainda está engavetado por Maia.
O cerco da burguesia se fecha contra Bolsonaro e setores da burguesia já começa a “mexer os pauzinhos” para uma substituição com estabilidade e sob controle.