Em 1932, foi fundado, no Brasil, a Ação Integralista Brasileira (AIB). Liderada por Plínio Salgado e Gustavo Barroso, a AIB se tornou o principal partido de ação da extrema-direita brasileira na década de 1930, agrupando setores das Forças Armadas, da burguesia e da pequena-burguesia.
No manifesto de 1932 da AIB, os integralistas declarm que: “somos pelo Brasil Unido, pela Família, pela Propriedade, pela organização e representação legítima das classes; pela moral religiosa; pela participação direta dos intelectuais no governo da República; pela abolição dos Estados dentro do Estado; por uma política benéfica do Brasil na América do Sul; por uma campanha nacionalista contra a influencia dos países Imperialistas, e, sem tréguas, contra o comunismo russo”.
Embora façam alguma demagogia patriotista e anti-imperialista, o manifesto de 1932 deixa claro as raízes fascistas do integralismo: a luta “sem tréguas” contra o “comunismo russo”, a defesa da Família e da Propriedade, um governo de “intelectuais” etc.
Em 1934, a AIB decidiu convocar um ato na Praça da Sé, em São Paulo, para comemorar os dois anos de seu manifesto. Diante disso, a esquerda paulista – sobretudo os trotskistas – decidiu realizar um contra-ato, chamando os trabalhadores para expulsar a extrema-direita do local.
Em considerável maioria, a esquerda expulsou os integralistas da Praça da Sé na marra, no episódio que ficou conhecido como A Revoada das Galinhas Verdes. A batalha, que aconteceu em um período de vários conflitos entre a AIB e a esquerda e de sucessivos desfiles dos integralistas no país, foi fundamental para impulsionar o movimento contra o fascismo brasileiro.
A história do fascismo brasileiro e de como ele foi derrotado será um dos temas estudados na 43a. Universidade de Férias do PCO. O curso, que ocorrerá entre 12 e 26 de janeiro, discutirá sobre a história do fascismo em todo o mundo.
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