O governo golpista, ainda mais com o fascista Jair Bolsonaro no poder, sempre levou a frente uma política de devastação nacional e entrega do mercado brasileiro ao exterior. Dentre dessas características muito se encontra as inúmeras decisões responsáveis por quebrar financeiramente tanto as empresas nacionais, quanto a política de ataque as organizações populares, sindicatos, etc, atingindo na coluna vertebral destas organizações quando o assunto remete-se a questão financeira.
No caso das organizações populares, a questão econômica é um peso muito importante para suas atividades. Por muito tempo setores da esquerda classificavam coisas como a contribuição obrigatória aos sindicatos como uma forma de sustentar burocracias. Contudo, fica visível com a atual situação em que o pais se encontra, que esta política de cortes nas finanças de nada beneficiam o trabalhador, muito pelo contrário, são responsáveis pela destruição destas organizações, por leva-las a um ponto de falência e estagna-las ainda mais na luta política.
De uma forma mais evidente possível a respeito dos ataques a estas organizações, temos o caso da União Nacional dos Estudantes, a UNE, que por muito tempo dominava o monopólio das carteiras estudantis, uma situação em que possibilitava uma alta rentabilidade para a principal organização estudantil do país, principalmente no momento de crise político e econômica presente.
No entanto, o ministério da educação, MEC, havia já anunciado o fim deste monopólio. É claro que dominada por uma burocracia da ala direitista destas organizações, temos sérias críticas a toda forma em que esta organização monopolizava as carteirinhas de estudantes sem dar reais retornos políticos com todo este dinheiro arrecadado, além de não favorecer financeiramente as camadas populares, com a ausência de preços mais acessíveis. Contudo, uma coisa é saber os problemas encontrados na UNE, que há tempos é controlada pela UJS, do PCdoB, situação que levou a uma paralisia geral do movimento estudantil nacional e que gera inúmeros problemas para levar-se dentro das instituições de ensino uma política à esquerda do regime política, outra coisa no entanto, é ver que com o fim do monopólio estudantil a respeito das carteirinhas, temos primeiramente o fim do controle autônomo em que o movimento estudantil tinha em relação a questões que o envolvia diretamente, e ainda por cima um baque econômico gigantesco, pois as carteiras correspondem a um lucro gigantesco para a organização.
Agora, o governo golpista terá seu próprio controle sobre as IDs estudantis, e a UNE novamente sofre um grande ataque à sua independência e controle financeiro. Nesta situação, o movimento popular irá entrar cada vez mais em um período de enormes dificuldades, dependendo unicamente da mobilização do povo para retira-lo desta situação.