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Demagogia não vence racismo!

S. Almeida: advogado de racista rico, verdugo de “racista” pobre

O advogado identitarista pretende mudar a situação de escravidão total da classe trabalhadora negra através do Congresso mais racista que o país já teve

A Câmara dos Deputados criou uma comissão de juristas que afirma ser uma ferramenta para o estudo e aperfeiçoamento das leis de combate ao racismo no Brasil. Nesta quarta-feira (21), ocorreu uma reunião da comissão, presidida pelo ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Benedito Gonçalves, e tendo como relator o advogado identitário, Silvio Almeida, que preside o Instituto Luiz Gama e está prestando “consultoria” para empresas racistas, como o Carrefour, após seus seguranças fascistas assassinarem trabalhadores de forma grotesca.  

Entre os alvos apontados pela comissão estão problemas como o encarceramento em massa da população negra, a violência das abordagens policiais e o cruzamento do racismo com discriminações como machismo e homofobia. Sendo assim, ficou decidido uma pauta em torno das questões de “novas formas” de responsabilização de autores de crimes de racismo, bem como a necessidade de ações afirmativas. 

“Nossa tarefa é verificar o que pode ser feito para combater o racismo institucional, quais mecanismos podem auxiliar na responsabilização de casos de racismo, das empresas, estados”, explicou Almeida. 

“[A comissão também irá] pensar em mecanismos de ações afirmativas e olhará para a violência policial”, disse também. 

Parece que, em tempo, a burguesia escravocrata de séculos irá, enfim, acabar com a escravidão no Brasil – ou, pelo menos, é nisso que o tal advogado identitário, quer que os negros acreditem.

Vale ressaltar, também, o fato de que, a princípio, o grupo vai ser temporário, com duração pelo menos até o fim deste ano, pois, como todos sabem – incluindo os negros que morrem as centenas nas periferias todos os dias – o tema não é urgente, pode esperar durante o ano. O fato cabal da polícia estar levando a um verdadeiro genocídio fascista nas periferias, formando milícias, não é urgente! 

A esquerda está aqui, prestando o papel de criar um debate para que, racistas como Rodrigo Maia (DEM), do partido da Ditadura Militar de 64, possam chorar e fingirem ser anti-racistas. 

Que vitória, não?  

E porque não aproveitar a chance para parabenizar o advogado, que pretende mudar a situação de escravidão total da classe trabalhadora negra através do Congresso mais racista que o país já teve.

Genial!

Na verdade, fora a ironia anterior, a burguesia está manipulando a pauta da população negra para passar de “boazinha”.

Inserir os negros no sistema capitalista, colocando alguns escolhidos em posições de controle da burguesia, debatendo mais leis repressivas, seria uma saída apenas para os intelectuais pequeno-burgueses, que não moram na periferia. O que estes chamam de racismo estrutural ou cultural, que eles consideram o fator principal para todas as mazelas que sofrem os negros no país, é uma ideologia estritamente orquestrada e de interesse do imperialismo. 

Em meio às convulsões sociais, a burguesia sempre buscou controlar os movimentos, moldando o caráter das manifestações de acordo com o que mandam os capitalistas. 

Agora, a ordem vinda de cima, é para fingir que os negros estão em ascensão social plena. Podemos ver negros nos comerciais de bancos, grandes empresas, na Globo, no BBB, em uma campanha de demagogia escabrosa.

Mas reflitamos, brevemente: a que luta servem estes negros?  De que vale debater leis que tentam reciclar mais uma vez um sistema podre economicamente, socialmente, politicamente, falando? A resposta que estes negros identitários não aprenderam com a História, é que não serve à luta dos negros!

As leis anti racistas estão aí há quanto tempo? Sendo assim, qual seria a resposta do advogado para o genocídio contínuo e crescente nas periferias do Brasil e dos EUA? Seria a questão econômica? A luta de classes? A burguesia?

Não, nada disso! Os racistas de séculos, devem ser educados agora! E, como vimos no caso do Carrefour, estes patrões fascistas, querem evoluir.

Quem não acreditaria nisso?

O movimento negro, para não cair na demagogia da burguesia e ficar a reboque da esquerda pequena burguesa, da direita e extrema direita, precisar agir nas ruas, organizando todos os seus setores para derrubar o governo e os todos os golpistas. Os integrantes do movimento negro não devem esperar nada dessas políticas de conciliação com a burguesia e denunciar aqueles que os tentam ludibriar. É preciso organizar a autodefesa dos negros, com direito ao armamento, dissolver a Polícia Militar urgentemente, e, acima de tudo, derrubar o governo Bolsonaro e o regime político golpista. 

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