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Rússia tem o direito de estabelecer bases Venezuela, com autorização do governo Maduro

A chegada de dois aviões russos na Venezuela tem causado grande agitação na imprensa capitalista internacional. A visita dos russos faz parte do acordo de cooperação técnico-militar de 2001 com Caracas.

Era de se esperar que o governo dos EUA torcesse o nariz ao ver tropas e equipamentos russos desembarcando na Venezuela. Afinal, qualquer possibilidade de ajuda ao governo – legítimo – de Nicolás Maduro pode ajudar a barrar o plano de derrubada do governo venezuelano e dificultar a implantação da política política de terra arrasada norte-americana, conhecida como – neoliberalismo.

Quando questionada sobre uma suposta “intromissão” russa, a representante oficial do Ministério de Relações Exteriores, Maria Zakharova, respondeu: a Rússia desenvolve suas relações com a Venezuela “em estrita conformidade com a Constituição deste país e no pleno respeito de sua legislação”. O acordo existente foi ratificado tanto pela Rússia quanto pela Venezuela, e “não exige aprovação adicional da Assembleia Nacional da Venezuela”, complementa.

O cinismo e a demagogia são os métodos essenciais da política golpista do imperialismo. A já conhecida – frente de intervenção dos EUA – conhecida como Organização dos Estados Americanos (OEA) não perdeu tempo e classificou como “um ato prejudicial à soberania venezuelana”, enquanto isso, em um movimento sinérgico, o Departamento de Estado dos EUA insistiu que era “uma escalada imprudente do situação” no país. O exasperado conselheiro de Segurança dos EUA, John Bolton, foi mais incisivo e escreveu no Twitter que: “os EUA não tolerarão forças militares estrangeiras hostis se intrometendo nos objetivos comuns de democracia, segurança e democracia do Hemisfério Ocidental, e o estado de direito.”

Zakharova prontamente respondeu a Bolton dizendo que os EUA ainda consideram “a América Latina uma área de seus interesses exclusivos; seu próprio ‘quintal’ e exige obediência inquestionável” assim como nos tempos coloniais sob a doutrina Monroe. E, afirmou: nem Rússia nem Venezuela são províncias estadunidenses.

Vale lembrar que a doutrina Monroe, cujo nome homenageia o ex-presidente dos Estados Unidos James Monroe, consistia em uma política de cercamento e apropriação da América Latina, onde somente os EUA poderiam agir no continente latino americano, funcionando, também, como uma oposição ao colonialismo europeu no hemisfério ocidental a partir de 1823. A partir daí Washington passou a considerar o continente sul-americano como um quintal. Em suma, a doutrina se resumiu à divisão da área a ser domesticada: Os EUA não interfeririam nos assuntos dos países europeus, e em contrapartida, os europeus não fariam o mesmo no quintal dos EUA.

A postura dos EUA não deixa dúvidas sobre o cinismo que é acusar a Rússia de ser uma ameaça ao levar aviões militares para a Venezuela, e exigiram que a Rússia saia da Venezuela.

As ilações não param por aí. Os EUA, o país, de longe, com o maior número de bases militares distribuídas pelo mundo acusam os russos de buscarem estabelecer bases militares no país sul-americano. São os norte-americanos que promovem o caos na América Latina, portanto, eles que deveriam sair do continente. São os ianques com a ajuda de outros países imperialistas que interferem na América Latina dando golpes de Estado.

Caso o governo venezuelano peça, ou então, ao menos autorize a instalação de uma base militar russa em seu território, os EUA não tem nada que se intrometer. Isso é assunto entre dois países soberanos, Rússia e Venezuela.

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