A porta-voz da Chancelaria russa, Maria Zakharova, lembrou que seu país havia advertido a UE sobre as consequências negativas para os laços bilaterais da imposição de restrições unilaterais no caso Navalny, que havia sido admitido em uma clínica em Berlim.
A UE anunciou a imposição de sanções contra seis personalidades russas, incluindo o chefe do Serviço Federal de Segurança Alexei Borotnikov, o chefe adjunto da administração presidencial Serguei Kirienko e outros quatro altos funcionários.
Zakharova disse que Moscou daria a devida resposta à UE para as sanções anunciadas em relação ao caso Navalny e à Líbia, um país bombardeado pela Organização do Tratado do Atlântico Norte em 2011 e agora em plena guerra interna e ataques terroristas.
Ela disse que não há provas da responsabilidade da Rússia no caso Navalny, que foi tratado com urgência na província russa de Omsk, após um voo interno para lá. Ele foi então transferido para uma clínica em Berlim, a pedido do governo alemão.
As autoridades alemãs anunciaram que seus laboratórios militares haviam encontrado vestígios de uma substância apelidada de Navichok no Ocidente e acusaram a Rússia de um ataque químico, algo que Moscou nega fortemente e exige provas e cooperação dos órgãos judiciais alemães.
Comentando as sanções, Zakharova perguntou quando Moscou desapontou politicamente os parceiros da UE, quando cortamos o fornecimento de gás ou fomos desorganizados no campo da diplomacia energética, disse a porta-voz.
Durante décadas fornecemos recursos energéticos e fomos confiáveis apesar do fato de não só termos mudado o nome, mas também a ordem política na Rússia. Os recursos, como eram fornecidos antes, são fornecidos agora, lembrou ela.