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Rússia pode ajudar a Venezuela, caso os EUA invadam o país

O posicionamento de tropas prontas para combate em Porto Rico e na Colômbia pelos Estados Unidos indica que Washington está se preparando para intervir militarmente na Venezuela para depor seu líder. O anúncio foi feito pelo Secretário do Conselho de Segurança da Rússia, Nikolai Patrushev nesta quarta-feira. O deslocamento unidades das forças especiais estadunidenses para Porto Rico e de unidades do exército dos Estados Unidos para a Colômbia e outros fatos evidentemente mostram que o Pentágono está aumentando seus efetivos militares na região para utilizá-las na deposição do… Presidente [Nicolas} Maduro. O funcionário do governo russo acrescentou ainda que o conhecimento desses fatos pelo povo venezuelano aumenta seu apoio ao governo inclusive no que tange à rejeição da ajuda oferecida por um país agressor.

A grande pergunta que tem sido feita sempre que se aborda a crise venezuelana é qual seria o grau de envolvimento da China e principalmente da Rússia caso os Estados Unidos decidam atacar militarmente o país latino-americano. O grau de engajamento no momento dos dois gigantes rivais do imperialismo norte-americano na guerra que por enquanto não desandou um conflito militar aberto pôde ser visto na terça-feira passada durante a reunião do Conselho de Segurança das Nações Unidas. Rússia defendeu a Venezuela e atacou os Estados Unidos de maneira enfática enquanto o representante chinês fez um pronunciamento que, embora não apoiasse a política belicista de Tio Sam em relação à Venezuela, foi quase que protocolar.

Mais vulnerável economicamente e com menos diálogo com os Estados Unidos do que a China os interesses econômicos e estratégicos russos na Venezuela são notórios. O controle daquilo que são consideradas as maiores reservas petrolíferas do planeta pelas grandes petrolíferas norte-americanas (ou mesmo por empresas de países aliados aos EUA) conferiria a Washington o poder de administrar o preço o preço internacional do petróleo e também protegeria o status quo do dólar estadunidense. A aproximação em andamento da Arábia Saudita (ainda o maior aliado dos EUA no Oriente Médio) com a China teria como consequência a perda do controle por parte dos Estados Unidos sobre o petróleo daquele país e sobre a Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), cartel que detém o poder de fixar os preços internacionais do petróleo. Por outro lado, o uso compulsório da moeda estadunidense em qualquer negociação que envolva petróleo é o pilar da sua existência como moeda mundial de reserva. No dia em que a maior parte do petróleo no mundo deixar de ser negociado em dólar ele perderá esse papel e também o papel de arma a ser utilizada para perpetuar o domínio dos Estados Unidos sobre o resto do mundo.

Um dos fatores decisivos para o colapso econômico da União Soviética foi a manipulação dos preços do petróleo. Seus baixos preços no mercado mundial na década de 1980 tiraram daquele país receitas indispensáveis para manter de pé sua economia. Na atualidade isto poderia se repetir em relação à Rússia. Além disso é grande a participação russa no setor petrolífero na Venezuela. Exemplo é a empresa venezuelana baseada nos Estados Unidos, Citgo. Situada na área do corredor de Energia de Houston é uma empresa dedicada ao refino, transporte e comércio de combustíveis, lubrificantes, produtos petroquímicos e outros produtos industriais. É propriedade da Petróleos de Venezuela S. A. (PDVSA) a estatal petrolífera venezuelana e acha-se sob as sanções impostas contra a Venezuela pelos Estados Unidos. A Citgo foi dada como garantia à Rússia contra empréstimos fornecidos por ela à Venezuela.

Cercada por bases norte-americanas desde o Báltico até a Ásia Central e fustigada nos seus interesses na Europa, a perda de influência da Rússia sobre um país importante na América do Sul e no Caribe como é a Venezuela poderia ser percebida como um sinal de fraqueza por Washington que poderia como resposta aumentar suas ameaças nas fronteiras daquele país. Portanto é de se prever que o apoio russo ao governo de Maduro aumentará na razão direta do tamanho da agressão que o imperialismo estadunidense exercer sobre ele e é bem possível que vá às últimas consequências. Como se trata de um obstáculo a mais uma agressão de Washington a uma nação latino-americana a intervenção russa merece ser bem-vinda pelos que se opõe ao domínio e à opressão exercida pelo imperialismo na América Latina.

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