Da redação – Chegaram hoje (10) à Venezuela dois aviões enviados pela Rússia que participaram de combates na guerra da Síria.
Os dois bombardeios Tu-160 têm capacidade de carregar mísseis nucleares e aterrissaram no aeroporto de Maiquetía, nas redondezas de Caracas.
Eles serão utilizados em manobras militares conjuntas entre Rússia e Venezuela, simulando a proteção do país sul-americano. O ministro da Defesa da Venezuela, Vladimir Padrino, afirmou que esses exercícios militares são para “preparar a defesa do país caso seja necessário”.
O imperialismo norte-americano vem ameaçando de forma crescente a soberania nacional da Venezuela, inclusive sinalizando uma posição intervenção militar para derrubar o governo de Nicolás Maduro e a chamada Revolução Bolivariana.
Entretanto, a Venezuela tem sabido defender a sua soberania, armando a população e criando milícias populares, além de ter reformado o exército, que se transformou em um exército popular, com ampla participação das camadas populares. Todos os anos também ocorrem exercícios chamados de “cívico-militares”, onde civis e militares participam de simulações de guerra.
Além disso, as forças armadas da Venezuela (conhecidas como Força Armada Nacional Bolivariana) recebem há anos armamento e mesmo treinamento por meio de acordos de cooperação militar com a Rússia.
O governo russo, de Vladimir Putin, é um dos principais aliados da Venezuela a nível internacional. Com a crescente escalada de tensões com o imperialismo norte-americano, que insiste em ameaçar a Rússia, Moscou tem utilizado a aliança com a Venezuela para fazer um contra-ponto às pressões sofridas em suas fronteiras pelos Estados Unidos.
Se o imperialismo norte-americano quiser realmente uma guerra de agressões contra os venezuelanos, possivelmente terão de passar por cima dos russos, que, embora não tenham o mesmo poderio político-econômico-militar que os Estados Unidos, têm um imenso poder militar e se apresentam como apoiadores do governo venezuelano.
Na semana passada, Maduro foi à Rússia, onde se encontrou com Putin e assinou novos acordos de cooperação, além de discutir a situação interna e internacional.