Caracas, AVN* – O embaixador adjunto da Rússia na Organização das Nações Unidas (ONU), Dmitri Polianski, advertiu nesta quinta-feira sobre uma provocação por parte do governo dos Estados Unidos (EUA) na fronteira entre Colômbia e Venezuela neste 23 de fevereiro, data prevista pela direita venezuelana para entregar uma suposta “ajuda humanitária” ao país, violando os mecanismos internacionais.
“Empurrados por seu vício em provocações, nossos parceiros estadunidenses —que agora estão preparando uma clara e flagrante provocação na fronteira entre Colômbia e Venezuela para 23 de fevereiro— inclusive agora divulgam notícias falsas e insinuações justamente no Conselho de Segurança” da ONU, afirmou Polianski, citado pela agência de notícias russa Sputniknews.
Estas ações, promovidas pelos EUA, foram consideradas pelo presidente da República Bolivariana da Venezuela, Nicolás Maduro, como “um show para justificar uma intervenção no país”. Maduro afirmou que qualquer veículo que entre no território sem autorização será considerado um alvo militar.
Mais cedo, a vice-presidenta Executiva da República Bolivariana da Venezuela, Delcy Rodríguez, anunciou que o governo bolivariano entregou à ONU uma lista de remédios e alimentos que o país necessita em 2019.
Delcy Rodríguez afirmou que a Venezuela tem uma cooperação histórica com as agências internacionais das Nações Unidas com um montante anual próximo aos US$54 milhões, ação que a Venezuela aceitou.
As ameaças intervencionistas contra a Venezuela se intensificaram desde o dia 23 de janeiro, quando o deputado da Assembleia Nacional em desacato e com nulidade jurídica, Juan Guaidó, se autoproclamou como “presidente interino”,um dia depois que o vice-presidente estadunidense Mike Pence pedisse abertamente um golpe de Estado contra o presidente da República.
Diante das ações ingerencistas – respaldada por membros da União Europeia e países da região –,em 6 de fevereiro, as 14 nações da Comunidade do Caribe (Caricom) juntamente com México, Bolívia e Uruguai, criaram o Mecanismo de Montevidéu para facilitar o diálogo e contribuir para uma agenda nacional de paz e entendimento entre ambas as partes.
* O artigo não expressa necessariamente a posição do Diário Causa Operária e do Partido da Causa Operária