Na manhã dessa sexta-feira (09), o Ministério de Relações Exteriores da Rússia convocou o principal representante da embaixada dos EUA em Moscou para esclarecer sobre o incentivo dado pelo órgão diplomático norte-americano a protestos contra o governo, realizados no último dia 3.
Naquele dia, o Twitter oficial da embaixada dos EUA na Rússia publicou o itinerário do protesto opositor contra o impedimento de muitos candidatos opositores participarem das eleições municipais. Foi uma “tentativa de ingerência nos assunto internos”, denunciou o governo russo.
A porta-voz do Ministério, Maria Zakharova, também fez declarações públicas denunciando a interferência norte-americana na vida política da Rússia.
Por sua vez, o deputado Andrei Klimov alertou: “Já dissemos antes que os EUA e seus partidários tentariam utilizar as próximas eleições da Duma da cidade de Moscou para organizar provocações e tentativas de ingerência, infelizmente nossas suposições de que haveriam provocações com apoio externo se cumpriram.”
“Nos referimos também à participação nos protestos de pessoas que passaram por certos cursos de preparação no exterior e que receberam financiamento estrangeiro”, completou.
Os protestos do último dia 3, bem como outros que têm sido realizados em Moscou nas últimas semanas, não foram autorizados pelas autoridades. Os manifestantes protestam contra o impedimento de candidatos opositores de participarem das eleições municipais que ocorrerão em setembro. Eles foram impedidos pela justiça eleitoral por não terem alcançado o número mínimo de assinaturas populares para suas candidaturas.
O governo dos EUA, bem como outros países imperialistas, criticaram duramente as proibições e incentivaram os protestos, uma vez que eles ajudam a desestabilizar o governo central de Vladimir Putin, um dos maiores entraves para a dominação imperialista em várias regiões do mundo – como a própria Rússia, ou a Síria ou a Venezuela.