Em matéria do dia 29 de abril no jornal Folha de S. Paulo, ficam claras as intenções, como age e quem é o eleitorado da extrema-direita.
Quando a direita, representada hoje por Geraldo Alckmin, não atende mais as ambições dos ruralistas, eles se voltam ao candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro. Qual a explicação? “Reforço da segurança no campo contra roubos e invasões”, ou seja, o reforço do assassinato no campo e das execuções nas cidades.
Os ruralistas comandam forças de assassinatos, verdadeiros capitães do matos contra os movimentos pelo direito à terra. Boletins da comissão pastoral da terra, do Movimento dos Sem-Terra, mostram que o ano de 2017 foi o ano de maior quantidade de assassinatos e massacres no campo desde 2003.
Frederico D’Ávila é o diretor da Sociedade Rural Brasileira e elabora o programa de governo de Bolsonaro para os ruralistas.
D’Ávila pulou do barco de ratos do PSDB (era aliado de Geraldo Alckmim) para o barco dos cachorros loucos de Bolsonaro. Saiu do PP e foi para o PSL, partido da extrema-direita e do deputado e candidato a presidência, Jair Bolsonaro.
D’Ávila diz que Bolsonaro é um piloto de F-16 (caça das forças armadas norte-americanas) e que Alckmim é um piloto de 747. Fica bem claro que a banca ruralista é também a bancada do assassinato, da destruição e que quer colocar o “piloto de caça” para destruir todo e qualquer movimento social em direito pela terra.
A posição de extrema-direita agrada o eleitor de Bolsonaro em geral. Agrada seus assessores e D’Ávila coloca que Bolsonaro pode se posicionar como bem entender; ou seja, fingir um nacionalismo enquanto assassina todo o povo brasileiro e com apoio dos grandes proprietários de terra.
O fingimento de nacionalismo fica claro: Bolsonaro “gosta do modelo americano”, de acordo com D’Ávila. E vai colocar militares, capachos do imperialismo e adoradores dos norte-americanos, como ele, nos ministérios. As declarações de D’Álvila mostram o que o eleitor do Bolsonaro quer: “contra invasão e demarcações arbitrárias”. Leia-se, contra toda tentativa de reforma agrária e a luta do trabalhador do campo e dos povos indígenas.
O eleitor do Bolsonaro, suas propostas, seus lobistas, apoiadores todos querem a mesma coisa: eliminar os direitos do povo, assassinar todo e qualquer trabalhador do campo e da cidade, massacrar qualquer oposição de esquerda. Bolsonaro traz a tona todo o lixo direitista, é a voz dos assassinos que querem matar sem qualquer problema.