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Macabra realidade

Rumo ao colapso, mais de 80% das UTIs estão ocupadas nos estados

Brasil terá recorde mundial de mortos por covid-19 em 29 de Julho. Terá também o recorde de mortes em um dia. Serão 4,4 mil em um dia. O dobro de mortes dos EUA

Brasil terá recorde mundial de mortos por covid-19 em 29 de Julho. Noticia a BBC News em 11/06/2020. Terá também o recorde de mortes em um dia. Serão, quase 4,4 mil, o dobro do recorde atual, que ocorreu no pico da pandemia nos EUA, em 14 de abril, com 2.262 mortes registradas. Isto, se o Brasil não tomar drásticas medidas de contenção. A projeção feita pelo Instituto de Métricas e Avaliação da Saúde (IHME) da Universidade de Washington. O Brasil superará os Estados Unidos em número de mortes pelo coronavírus no dia 29 de julho, e poderá ter 137,5 mil mortos contra os EUA, que terá nesse dia 137 mil óbitos.

Indiferente à advertência o Brasil abre o comércio, abre para as compras, e retoma também alguns campeonatos de futebol, como o carioca. Em quarenta dias, o País, segundo projeções do instituto cujas projeções a Casa Branca utilizou para mudar seu procedimento face à pandemia, quase triplicará o número de mortes.

Atualmente, ao menos seis estados, têm a ocupação de suas insuficientes UTIs em taxa superior a 80%, para o tratamento do coronavírus. São dados levantados pela Folha, junto aos governos estaduais.

Somente cinco estados tiveram redução percentual da ocupação de leitos de UTI (Unidade de Terapia Intensiva) para o tratamento da Covid-19 em 60 dias, durante o período de 17 de abril e 15 de junho. Parece temerária a atitude de abandonar o isolamento social, e abrir o comércio, recomeçar as atividades futebolísticas, dentre de outros afrouxamentos. Todas as unidades da federação, exceto o Mato Grosso do Sul, têm as suas UTIs, ocupadas com lotação a superior a 50% para o tratamento dos casos graves.

Em abril, um relativo conforto. Eram nove estados, com taxa de ocupação superior a 50% em suas respectivas unidades. Nesta segunda-feira (15), Acre, Rondônia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte enfrentavam um cenário crítico, com mais de 80% dos leitos de UTI ocupados.

Estados c/ UTIs, Cuja Ocupação é  ( + ) de 80%
15 de Junho Acre, Rondônia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte

 

Bahia, Mato Grosso e Sergipe apresentavam rápido crescimento na ocupação de suas Unidades de Terapia Intensiva para tratamento do coronavírus. Sinal de alerta sinaliza para a possibilidade de colapso nas próximas semanas. É exceção, a situação dos estados do Amazonas, Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro, que nesta segunda-feira, apresentavam inusitado alívio na taxa de ocupação após colapso em seu sistema de atendimento e insuficiência de UTIs.

Estados que entraram em colapso, tem agora diminuição de Ocupação das UTIs
15 de Junho Amazonas, Pernambuco, Ceará e Rio de Janeiro

 

Parece ter chegado a vez de Acre, Rondônia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte, a estar na iminência de entrar em colapso. No dia 15 de Junho, esses todos estados, tinham taxa de ocupação de suas UTIs superiores a 80%.

Estados c/ UTIs, Cuja Ocupação é  ( + ) de 80%
15 de Junho Acre, Rondônia, Espírito Santo e Rio Grande do Norte

No Acre o colapso é iminente. Apenas um leito ainda disponível na capital. Os demais 48 já estão todos ocupados. Um respiro para Pernambuco, Rondônia, Espírito Santo, Rio Grande do Norte e Ceará. Ainda assim, a ocupação de seus respectivos leitos continua muito alta. Taxa acima dos 80%.

Parecia uma situação tranqüila para o estado do Mato Grosso. Tanto que seu governo resolveu abrir parques e templos. Rapidamente o estado registrou significativo avanço dos casos, e na ocupação de leitos. De ocupação de 47%, o número em uma semana saltou para 76% nesta segunda-feira.

Na Bahia, que postergou o colapso, já que providenciou hospitais de campanha, o número de leitos ocupados chegou a 74% nesta segunda. Sinal vermelho na capital Salvador, onde o percentual já chega a 84%. Após flexibilizar as regras de isolamento, em Feira de Santana, a segunda maior cidade do estado, nesta segunda-feira, cerca de 80% das UTIs da cidade estavam ocupadas.

Sergipe segue a mesma tendência: os índices de ocupação das UTIs passaram de 59% para 76% em uma semana. Minas Gerais, o estado é grave. Ultrapassou a marca de 500 mortes. Um índice de ocupação de UTIs é de 73%. “Não é mais, um número confortável”, lamenta o governador Zema.

Na capital do Brasil, Distrito Federal parecia sob controle, com a providência de multiplicar por quatro os leitos de UTIs. Assim mesmo, nos últimos 60 dias a taxa de ocupação saltou para 66%. Nas barbas de Bolsonaro, já são 23.683 novos casos e 319 mortes. São Paulo parece ter certa estabilidade. A ocupação de leitos de UTI é de 70% no estado e em 77% na Grande São Paulo. Começou a liberação do comércio, mas após dois dias estáveis, os números tiveram novo repique.

Em Belém no Pará, um leve alívio. Mas o interior está com leitos lotados em algumas regiões, como   Tucuruí. Em Abril, Rio de Janeiro sem qualquer hospital de campanha, chegou a somente ter alguns poucos leitos disponíveis no sul do estado, em Volta Redonda. A situação de momento está com ocupação em torno de 80% dos leitos de UTI.

Sem UTIs, 140 mil morrerão em casa?

A aparente calma, é aparente. Quase 50 mil óbitos hoje, e 80% de ocupação dos leitos. Os previstos 140 mil óbitos nos próximos 40 dias, ocorrerão onde?, se leitos já totalmente ocupados?. De forma irresponsável, suicida até, não só Bolsonaro, mas Doria, Vitzel, Zema, prefeitos todos, acabam com o isolamento, promovem aglomerações nos transportes, nos shoppings, nas cidades todas. O país caminha para o colapso total. Mais de uma centena de milhares de brasileiros levados à morte. “Todos iremos morrer um dia”. Todos “dão de ombros”, não só Bolsonaro, e seja o que Deus quiser. Feito Pilatos, todos “lavam as mãos”. Fora Bolsonaro e todos os golpistas.

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