Em debate na TV 247, entre o presidente do PCO, Rui Costa Pimenta, e Breno Altman, Pimenta afirmou que o “Estado capitalista é governado por bloco de forças políticas e sociais contraditórias, inclusive o imperialismo estrangeiro”, por isso a dificuldade de unificar o bloco burguês em torno de Bolsonaro. Segundo Rui, “Bolsonaro aparece quase como representante direto do imperialismo” e afirma que isso gera uma crise, pois “o Brasil não pode ter governo que responda apenas aos interesses do imperialismo”.
Segundo Rui Costa Pimenta, “há vários blocos burgueses, todos com contradições entre si. Precisam ser articulados com flexibilidade, para se manterem unidos, apesar das enormes Os banqueiros não pensam a mesma coisa que o grande capital industrial. O agronegócio nao pensa o mesmo que os banqueiros. A indústria média é diferente da que atua nos mercados do exterior”.
A crise do governo Bolsonaro se dá pois a “extrema-direita assumiu o papel principal como uma improvisação, não um planejamento. A improvisação faz com que as contradições venham a tona”. Não existe uma política econômica que unifique o bloco burguês, com todas suas contradições. E segundo o presidente do PCO, para unificar a burguesia, “é preciso encontrar uma política econômica que reunifique o bloco burguês”. Rui Costa Pimenta dá como exemplo de projeto unificador o “Plano Real, que prejudicou os exportadores e beneficiou os importadores, mas o ataque aos trabalhadores deu uma compensação aos exportadores”.
Segundo Rui Costa Pimenta, “Bolsonaro, por ser improvisado, tem muita dificuldade de colocar isso em prática”. A crise do bloco golpistas “não foi superada pela eleição”, pois “há uma crise econômica nacional muito grande”.