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Rui no DCM

Rui: “O imperialismo norte-americano é uma monstruosidade”

No mesmo dia, mas com novo horário, agora às 9h30. A análise política de Rui Costa Pimenta no DCM continua afiada e mantem as discussões dos melhores temas políticos da atualidade.

A participação de Rui no DCM mudou da tarde para a manhã. O programa de análise política agora é o Café da Manhã, o dia continua o mesmo, quinta-feita, o horário agora é 9h30. Leandro Fortes e Sara Goes continuam no comando da transmissão ao vivo.

O primeiro assunto levantado por Fortes foi a questão da censura do Twitter, que o presidente do PCO já havia alertado semanas atrás. Ainda quando a rede social bloqueava o presidente dos Estados Unidos, Rui disse que se tratava de uma ofensiva que recairia muito mais fortemente contra a esquerda. Fato este que se confirmou com o bloqueio de Venezuela, China e Irã, logo em seguida ao bloqueio de Donald Trump.

Rui deu uma indicação do que pensa ser importante para quem gostaria de acompanhar os próximos acontecimentos à respeito desse tema: acompanhar o que publica o jornalista Glenn Greenwald.

“Os países imperialistas ficaram assustados com o que aconteceu nos Estados Unidos e querem discutir o controle dessas organizações [redes sociais como o Twitter]. Evidentemente que, como esse controle é exercido exclusivamente pelos Estados Unidos, todo mundo ficou assustado. Com isso daí os EUA vão acabar controlando a política em todos os países, se a coisa se estender. Então, a representante da Alemanha em Davos levantou que é preciso colocar isso daí na pauta. [A questão do Trump] se transformou numa verdadeira crise mundial”, analisou Rui.

Rui voltou a frisar a afirmação do Edward Snowden, de que a censura do Trump pelo Twitter seria um “ponto de inflexão” na questão das redes sociais, do controle das redes sociais pelos grandes meios de comunicação. Mas, Rui não deu como certo que isso de fato ocorra, visto a complexidade e contradições presentes no mundo.

Rui avaliou que, ao mesmo tempo em que ocorre um golpe de estado comandado pelo Biden – com o endurecimento da repressão da população através de uma lei que o mesmo pretende aprovar contra o chamado “terrorismo doméstico” –, também ocorre algo equivalente feito pelas empresas monopolistas das redes sociais. Algo extremamente grave.

Sobre a polêmica com o Renato Rovai, da Revista Fórum, Rui disse que quem começou os ataques foi o próprio Renato que acusou o PCO de apoiar Donald Trump. Um verdadeiro absurdo, ainda mais vindo de quem é da esquerda.

“Eu não gostaria de estender ainda mais essa questão do Rovai porque, de fato, está se tornando um enfrentamento de tipo pessoal. O que nós temos interesse é o debate de ideias. Muita gente fala: ‘o PCO critica a esquerda…’ Criticar a esquerda, para nós, é um dos dez mandamentos do revolucionário. Nós somos marxistas e os marxistas sempre criticaram as outras organizações, sempre procuraram esclarecer os acontecimentos. (…) O Attuch propôs um debate dele comigo. Eu acho que seria uma maneira de assentar a poeira. Sentar e ter uma conversa política civilizada”, afirmou Rui.

Sobre o teor do artigo publicado no Diário da Causa Operária, intitulado “Obrigado, Trump”, Rui afirmou que o Trump não foi tão agressivo quanto o governo dos outros que são considerados democratas. “O governo democrático nos Estados Unidos é tão ruim que ele consegue ser pior do que um governo de extrema-direita em muitos aspectos. Não em todos, mas em muitos. Por exemplo, o problema da guerra. O Trump é o único governante norte-americano que não começou uma guerra em muito tempo”, analisou Rui.

Rui continuou analisando o assunto e esclareceu um ponto que é pouco entendido, de maneira geral, pelas pessoas. “O que é que pode haver de pior para uma população do que uma guerra. Imagina se o Brasil fosse invadido como eles invadiram a Síria, a Líbia, o Iraque e o Afeganistão, essa catástrofe social da pandemia ficaria como uma brincadeira de criança. Os 200 mil mortos seria só para começar a conversa. No caso do Brasil, uma guerra do estilo do Iraque a mortandade iria direito para a casa dos milhões. Isso sem falar nos efeitos colaterais: a fome, a destruição econômica, as doenças que vão matar muito mais gente. No Iraque, que é um país pequeno, eles mataram mais de um milhão de pessoas. O Trump não fez isso daí. A ironia não é nossa, é dos fatos. O homem que tem a retórica mais agressiva, que fala que vai fazer e acontecer, se mostrou quase um pacifista no governo. Enquanto os outros, que são apontados como grandes democratas, são genocidas profissionais. O Biden é um genocida profissional”.

Rui foi taxativo na definição do imperialismo norte-americano após citar a guerra ocorrida em Angola, da qual Leandro Fortes participou da cobertura como repórter de campo. “O imperialismo norte-americano, eu acho que o pessoal não entende isso daí, é assim uma monstruosidade política. Você ter a ilusão de que o imperialismo vai promover a paz, a igualdade racial, a igualdade entre homens e mulheres, é uma ilusão extremamente perniciosa. Eles que deram o golpe de estado no Brasil. Bolsonaro é filho desse pessoal aí. Quem que doutrinou as Forças Armadas brasileiras para ter esses Bolsonaros, esse Mourão. São os norte-americanos. Até hoje eles fazem isso aí.”

Rui Costa Pimenta falou sobre a importância de se difundir para as pessoas o verdadeiro caráter cruel, genocida, perverso e macabro do imperialismo. “Os Estados Unidos deram mais de mil golpes de estado após a Segunda Guerra Mundial. Teve golpe de estado que matou, por baixo, 500 mil pessoas, como foi o caso da Indonésia. O imperialismo é o inimigo número 1 de tudo o que é bom, de tudo o que é honesto, de tudo o que é justo que existe no mundo. Se as pessoas não conseguem entender isso, não conseguem entender nada. O Biden foi a pessoa que organizou o golpe de estado no Brasil contra a Dilma. Ele tomou posse e o chefe do Departamento de Estado dele falou que eles vão apoiar a ‘presidência’ fictícia do Juan Guaidó. Eles estão matando a Venezuela de fome. O pessoal não vê isso daí? Só porque o Biden coloca uma mulher negra aqui, um travesti ali, o pessoal vai se deixar enganar? Que tipo de tontice é essa daí? É uma coisa muito fora de propósito”, arrematou Rui.

Outro artigo do DCO foi tema da discussão política. Luiza Erundina fez uma denúncia contra seu próprio partido de que estava se praticando fisiologismo para a disputa na Câmara dos Deputados. Integrantes do partido rebateram dizendo que ela havia feito o mesmo quando saiu do PT para aceitar um cargo de ministra no governo Itamar Franco.

Rui disse que foi realmente um fiasco o que a esquerda fez no Congresso, ainda mais agora quando parece que o Baleia Rossi vai perder para o Lira, graças às manobras do Bolsonaro. “Os grandes democratas não conseguiram resistir à essa sedução do Bolsonaro”, disse.

Rui citou a entrevista recente do FHC em que ele diz que, se os “democratas” não conseguirem um candidato de oposição, Bolsonaro vai ganhar a eleição. Além de ser uma chantagem contra o PT, no sentido do PT não lançar candidato e apoiar o Dória, por exemplo, a declaração do FHC também significa o seguinte: — se eu (PSDB), DEM, MDB e PSD não tivermos um candidato próprio, nós vamos votar no Bolsonaro contra o PT. Não vou votar no PT, vou de Bolsonaro.

“A esquerda está embarcada num negócio que é um beco sem saída. (…) A aliança com esse pessoal para combater o Bolsonaro é a pior ficção política que alguém poderia imaginar. É uma ficção total. Não vai dar nem o esquema Biden, que você vai colocar uma pessoa lá, que vai ser pior do que o Trump em muitos aspectos. Aqui eles vão direto para votar no Bolsonaro. É o que eles estão dizendo muito claramente”, analisou Rui.

Outros assuntos também foram tratados no programa desta quinta-feira 28/01/2021. Este foi apenas um resumo.

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