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Rui no DCM

Rui no DCM comenta a tática do “menos pior”, Boulos e muito mais

Programa abordou, principalmente, as eleições norte-americanas e municipais brasileiras.

Na Live das 5 do canal DCM, Rui Costa Pimenta participou e comentou diversos assuntos. Você confere por tópicos os principais temas comentados pelo presidente do PCO.

Eleições norte-americanas

Já é uma situação excepcional e pode ficar mais ainda caso, no momento da
posse do Biden, ele não consiga tomar posse. Aí a crise vai se aprofundar
enormemente. O imperialismo no mundo todo está numa situação de grande
debilidade. O regime capitalista, desde 1945, nunca esteve numa crise tão
grave. Mesmo a crise da renúncia de Nixon não chegou aos pés da crise atual
das eleições Trump x Biden.
O Trump tem causa para reclamar, mesmo sem ter muitas evidências das
acusações de fraude que ele faz. Foram quase 60 milhões de votos pelos
correios, ou seja, algo muito passível de fraude. Mas, o real problema é que
os EUA estão rachados ao meio, ou seja, há uma rejeição enorme ao novo
governo eleito. Os votos que ele recebeu não correspondem a um apoio político
real, foi fruto de uma manobra política ao custo de muito dinheiro.
Caso Trump consiga aumentar a crise, melhor para o mundo. Caso Biden e o seu
grupo, representantes oficiais e ideais do imperialismo, se firmarem no
poder, todo o mundo pagará caro. Porque esse é o grupo mais destrutivo,
intervencionista e golpista possível.

A Revolução e a crise do imperialismo

“Enquanto a situação do império estiver sob controle é muito difícil que a revolução progrida. O desenvolvimento revolucionário aumentará somente com o enfraquecimento do imperislimo.”

Obama e as declarações sobre Lula

“O Obama criticou o Lula chamando-o de “gangster”, o que é muito estranho e deselegante em se tratando de ex-presidentes. O Biden é muito pior que o Obama.”

Putin e o imperialismo

“O Putin trabalhou pela vitória do Trump porque ele sabe que o Biden vai ter uma política internacional muito mais agressiva.”

“Há uma preocupação de vários países com suas próprias defesas, a Rússia é um desses países preocupados. Muita gente acha que a Rússia divide o poder com o imperialismo, isso é um equívoco. O imperialismo é que domina o mundo.”

Anti-comunismo

Há hoje um resgate do mesmo tipo de estrutura de discurso e da luta política da época da Guerra Fria. Essa retórica não é tão desatualizada assim. Na Guerra Fria, o anti-comunismo derrubou diversos governos nacionalistas, não comunistas. Exemplos disso são João Goulart no Brasil e Perón na Argentina, entre diversos outros.

A propaganda anti-comunista é uma forma de aliciar a extrema-direita. Na Ucrânia, para derrubar um aliado do Putin, o governo Obama pediu apoio de extremistas nazistas para darem o golpe.

Eleições municipais

Foi feita a pergunta sobre o motivo dos ataques feitos pelo PCO ao Guilherme Boulos.
Rui comentou que existem análises abstratas que tratam de coisas como “unidade da esquerda” que, na prática, não querem dizer nada. Fez um resumo da situação política desde o golpe de estado até a situação atual.
O companheiro Rui explica: “Para concretizar o golpe, o imperialismo precisa liquidar a esquerda nacionalista que sofreu o golpe e criar um novo regime onde o papel da esquerda seja mais abertamente pró-imperialista.”
A diminuição da capacidade do PT é um objetivo claro para a burguesia durante esse processo de consolidação do golpe.
Houve um esforço da burguesia em todos os lugares para colocar o PT para escanteio. Uma das peças fundamentais para isso na cidade de São Paulo foi o Boulos. Jornais burgueses colocal o candidato do PSOL como o novo Lula, mais moderno, um político pronto para os novos tempos.
Boulos foi para o segundo turno através da manipulação que levou o eleitorado de classe média do PT para o PSOL.
No Rio de Janeiro, Freixo abandonou a candidatura para apoiar o Eduardo Paes-DEM, candidato da Globo. Freixo foi o primeiro a apoiar Paes no segundo turno.
“A imprensa capitalista colocou Boulos no segundo turno de propósito para tirar o PT da jogada.” cutucou Rui.

“A burguesia comemorou a eleição, dizem que o país voltou ao normal, o bolsonarismo foi derrotado. A grande questão é a seguinte: o bolsonarismo foi derrotado, mas quem ganhou a eleição? Os partidos que sempre governaram o país tiveram mais de 50 milhões de votos. A esquerda teve pouco mais de 9 milhões.”, critica o presidente do PCO.

Jilmar Tatto

Leandro Fortes menciona a fraca candidatura do PT e questiona se não é melhor uma esquerda “domesticada” do que esquerda nenhuma? Isso não abre uma brecha para uma luta revolucionária em São Paulo? Não seria importante uma vitória do Boulos?
Rui: Tatto teve 8% dos votos enquanto as pesquisas davam valores muito menores. Mesmo com a grande campanha da imprensa golpista contra o candidato do PT. As pesquisas iniciais davam Boulos com 11% e Jilmar Tatto com menos de 1%, portanto, o eleitor de esquerda foi provocado por essa imprensa a votar no Boulos.

Erundina

Sobre alguns dizerem que a Luiza Erundina ter sido a melhor prefeitura da cidade de São Paulo, Rui foi enfático: “Esse povo tá louco. Ela atuou como se fosse o Bolsonaro de São Paulo e destruiu o maior sindicato operário da capital na época, o Sindicato dos Condutores.”

Boulos

“A eleição do Boulos é para montar a eleição de um novo Fernando Henrique Cardoso em 2022. Esse é o único sentido da coisa”, arremata Rui.

“Questão civilizatória”

Leandro Fortes: Entre a velha política do DEM (Eduardo Paes) e a política da Igreja Universal do Crivella, não é melhor optar – neste embate civilizatório – pelo menos pior? Considerando que a única saída que temos no momento são as eleições.
Rui Costa Pimenta: “Essa questão do “civilizatório” não é algo real. O Eduardo Paes é do DEM, herdeiros da ditadura, são verdadeiros monstros. Tanto os torturadores quanto os congressistas que davam apoio ao regime da ditadura. Não consigo ver bem a diferença entre o Paes e o Bispo Crivella.”

Segue o vídeo do DCM:

Alexandre Garcia aniversaria com Bolsonaro e Giuliani culpa Venezuela por derrota de Trump

 

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