Rui Costa Pimenta mosta que a ditadura que ora se forma tem por objetivo destruir as bases de orgazções operárias e populares para impor sem entraves o programa do imperialismo.
“O que exatamente a burguesia quer com a ditadura? A propaganda da esquerda é muito confusa com relação a esse aspecto. Eles falam que o Bolsonaro é fascista, que vai perseguir os homossexuais (e isso é verdade vai aumentar a perseguição aos setores mais débeis da população) mas ninguém dá um golpe para perseguir homossexuais, esse não é o objetivo principal do golpe.
O objetivo do golpe é muito simples, vamos voltar um pouco atrás, na análise que nós fizemos dos diversos golpes de estado. Qual é o problema dos golpes de estado? Eles procuram remover do poder organizações que impedem o desenvolvimento de uma determinada política: imperialista, direitista, de repressão, de aprofundamento dos ataques econômicos à população em geral.
O grande problema do golpe no Brasil é que a esquerda brasileira não é apenas um fenômeno eleitoral. Mas tem raízes profundas na sociedade. O PT (e também o Lula) está apoiado na CUT, 4000 sindicatos enter os mais importantes do país, apoiado no MST, que tem milhares de assentamentos pelo país a fora. Ou seja, um vasto movimento social organizado. Por isso o PT continua sendo um fator decisivo na situação política nacional.
Para a burguesia, não adianta atacar os fenômenos da superfície, é preciso atacar a raiz do “problema”. É preciso destruir os movimentos sociais e populares. É preciso sufocar a militância de esquerda. E é isso que o golpe vai fazer na sua próxima etapa, com a vitória do Bolsonaro. Todo o movimento operário está ameaçado.
Nesse sentido, nós caminhamos para uma ditadura. Qua vai ser a forma dessa ditadura? nós haveremos de ver. Esse ditadura só pode ser combatida através de uma ampla mobilização popular. A propaganda de que as eleições vão resolver o problema é ilusória, as eleições foram montadas para referendar o golpe.
Para parar esse processo é preciso opor à força da burguesia a força das massas populares e do movimento operário.”
