Da redação – O governo Bolsonaro está criando uma situação explosiva. A burguesia, acompanhada pela esquerda pequeno-burguesa, faz a propaganda de que Mourão seria uma pessoa mais razoável que o próprio Bolsonaro. É o que diz Rui Costa Pimenta em sua Análise Política na TV 247, com transmissão simultânea pela Causa Operária TV, ao vivo.
A crise do governo é intensa. Ele está fraco. Bolsonaro teve de criticar Olavo de Carvalho, líder ideológico da extrema-direita, que segundo ele estava ajudando a desunir as forças governamentais. Existe a possibilidade dos golpistas colocarem Mourão no lugar de Bolsonaro, mas é uma manobra arriscada; o General não tem a base social que Bolsonaro tem, e portanto sua manutenção no poder seria ainda mais difícil.
A campanha do imperialismo, por meio de sua imprensa, é favorável ao controle do governo por Mourão sem a derrubada de Bolsonaro, para não intensificar a crise política existente. Bolsonaro seria um fantoche no cargo da presidência e as manobras políticas seriam articuladas, de fato, pelo Alto Comando das Forças Armadas.
Segundo Rui Costa Pimenta, o governo não está conseguindo levar adiante a peça-chave da política do imperialismo: a Reforma da Previdência. A direita está no processo para aprovar a reforma às custas de muita crise política, que está desgastando o governo. Se o governo não aprovar, a instabilidade será gigantesca. As mudanças na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) demonstra a dificuldade de aprovar a reforma.
A reforma da previdência reduziu exponencialmente o número de pessoas que apoiam o Bolsonaro. As pesquisas populares, feitas nas ruas, mostra que a reforma da previdência é praticamente reprovada por toda a população, por isso o governo não vai com tudo para aprovar.
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