Da redação – Ao vivo agora na TV 247, Rui Costa Pimenta falou sobre o suposto indulto de Haddad, que, se eleito, poderia ceder ao ex-presidente Lula. O companheiro explicou aos telespectadores que a situação real não passa nem perto disso, já que as ameaças dos militares deixam claro que a democracia não existe mais e que os trabalhadores devem se organizar para enfrentar fora das eleições a burguesia e seus capachos.
Segue a explicação:
“Eu acho que nesse ponto aí, o Haddad segue uma orientação do PT, que na minha opinião é perversa, que é um efeito perverso de dar prioridade às eleições. Para nós as eleições têm que ser o resultado de uma política que está sendo levada adiante. Nós temos uma política, estamos na luta contra o golpe, e nas eleições continuamos essa política.
Finalmente, o Lula tem uma votação enorme por quê? Porque o pessoal não quer ele da cadeia. E aí vem o candidato dele e fala: ‘eu não vou tirar o Lula da cadeia, se der sorte ele sai sozinho’. Convenhamos, é uma política puramente eleitoral e uma política nefasta. Eu não sei se vem do Haddad ou é de toda direção do PT, que ele tem que ocultar essa relação dele com o Lula para ganhar votos de setores moderados, mas aí você vê como a eleição é nefasta, por que ela vai desmantelando a luta contra o golpe. Aí o Haddad não ganha e fica todo mundo com uma mão na frente e outra atrás.
Attuch pontuou também, que Haddad falou sobre libertar o ex-presidente, como em tudo que o PT faz, extremamente pressionados por essa imprensa burguesa venal, caindo no jogo deles. E que, nas visitas a Lula, afirmou que o mesmo vai ser ministro em seu governo. Questionou sobre o que pensar sobre essas posições ? E a posição do PCO, muitos criticam hoje, mas, ela ajuda em que sentido?
“Nós estamos preparados para durante algumas semanas aguentar essa crítica, por que a luta real vem depois das eleições. Nós sempre estivermos na linha da frente, em primeiro plano na defesa do Lula, nós não somos lulistas. Muita gente não compreende a política desse ponto de vista, nós estamos defendendo Lula, por um interesse geral dos trabalhadores brasileiros, do povo brasileiro, e não por que nós achamos que tudo que o Lula pense, fala, esta certo. Nós não temos essa política de defender as pessoas que concordam com a gente, nós atuamos sobre a base de um determinado princípio político. Então o Lula escolheu o Hadadd, entendo por que ele escolheu, sei por que muita gente pensa que não é uma livre escolhe, o PT é um partido complicado, muita pressão e tem que escolher alguém, como compreendo que muita gente quer votar no Haddad, mas uma hora muita gente vai ter que entender que a situação política está muito longe mesmo de ser resumida a uma situação eleitoral.”