Rui Costa Pimenta mostra as consequências das posições ambíguas da esquerda e explica porque lutar contra Bolsonaro é defender o direito da população.
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“Uma coisa que chamou a atenção essa semana foi o ato em São Bernardo em defesa do Lula, inúmeras pessoas discursaram mas a gente não via nos discursos nenhuma conclusão política, falavam das injustiças contra Lula, atacavam Bolsonaro, mas qual é a diretriz?
A esquerda está tão confusa que não concorda em levantar a palavra de ordem “Fora Bolsonaro”, apesar de ser um governo eleito pela fraude. Começaram desejando boa sorte ao governo Bolsonaro e agora estão numa posição ambígua, mas em algum momento a esquerda vai ter que se decidir. Vai ou não vai?
O argumento de alguns mostra bem a deficiência que estamos enfrentando, como disse o Boulos, nós não podemos ser como o Aécio Neves que pediu a queda da Dilma. Eu imagino que o que ele quis dizer é o seguinte: nós temos que respeitar as instituições democráticas. Mas as instituições não estão sendo desrespeitadas por nós, estão sendo desrespeitadas por eles.
Quando a gente fala Fora Bolsonaro, produto da fraude, nós estamos defendendo o direito da população. Assim como quando a gente falava pra Dilma não sair, nós estávamos defendendo o voto da população.Por que nós temos que aceitar um governo que foi o resultado da exclusão do principal concorrente?”