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Um balanço indispensável

Rui C. Pimenta realizará palestra-debate sobre 3 anos do golpe

Com a autoridade de quem apontou o golpe de Estado em curso no País desde 2013 e é um partido linha de frente na luta contra o golpe, o PCO realizará atividade imperdível no dia 06

No domingo, 6 de outubro, às 14 horas, o presidente nacional do PCO, Rui Costa Pimenta, fará um exposição em forma de curso/debate sobre os 3 anos de golpe de Estado no Brasil. A atividade ocorrerá no Centro Cultural Bejamin Peret em São Paulo e será aberto ao público. Também haverá transmissão ao vivo pela TV Causa Operária, na internet.

O PCO foi o primeiro partido do País a apontar que havia um movimento golpista em gestação, ainda em 2013 (https://www.youtube.com/watch?v=4y42rbiJBTw) , em um momento em que a direita conseguiu reverter a seu favor as grandes mobilizações ocorridas naquele ano, iniciadas com o movimento pelo passe livre. Naquele momento, o Partido tinha uma programação voltada para os seus militantes e que seria o embrião da Análise Política apresentada pelo companheiro Rui aos sábados, initerruptamente desde 2015.

Até pelo menos o início de 2016, quando a engrenagem golpista estava a todo vapor preparando o ato número 1 do golpe, que se consumou com a deposição pelo impeachment da presidenta Dilma Rousseff, o conjunto da esquerda, dos mais “esquerdistas” aos mais conciliadores, negava veementemente a possibilidade de um golpe de Estado. Muitos intelectuais da esquerda partidária ou acadêmica debochavam, inclusive, do assunto. “Teoria da conspiração”, o “golpe não é a política do imperialismo”, “a democracia brasileira está consolidada”, “os militares não apoiam o golpe”, “por que golpe se o PT defende os interesses da burguesia e do imperialismo?”, entre outras “afirmações categóricas” de uma esquerda pequeno-burguesa absolutamente desvinculada da luta de classes, da compreensão histórica do fenômeno da frente popular representada no Brasil pelo governo do PT, enfim, isso quando já estava em curso em outros países, como Honduras e Egito, golpes de estado.

Na medida em que a situação política foi evoluindo, a esquerda mais diretamente vítima do golpe, Lula, Dilma e uma ala do PT, passou a admitir muito timidamente que existia um movimento de fato para derrubar o governo Dilma e perseguir o PT, expresso em primeiro lugar pela operação Lava-Jato, mas com ramificações em todas as instituições do Estado brasileiro.

O que se assistiu a partir do momento em que o impeachment começou a tomar corpo foi um verdadeiro circo de horrores. O PT mesmo ainda sendo governo já não tinha controle sobre nada. A Polícia Federal e o Ministério Público, diretamente controlados pelo juiz fascista da Lava-Jato, Sérgio Moro, conspiravam abertamente contra o governo, acobertados pelo STF, pelo Congresso Nacional e pelo vice de Dilma, chegando ao ponto da própria presidenta ser grampeada e seus diálogos com o ex-presidente Lula serem divulgados pela grande imprensa nacional, tendo à frente, as organizações Globo, todos, absolutamente todos, empenhados em transformar em “verdade” a grosseira campanha de calúnias e mentiras produzidas pela Lava-Jato.

Dilma foi derrubada, em seguida o golpe acentuou a perseguição aos dirigentes do PT, condenando e levando vários para cadeia, até chegar no alvo principal, o ex-presidente Lula. Lula julgado e condenado como o “chefe da maior quadrilha” já existente no País foi encarcerado em uma cela da Polícia Federal em Curitiba, nesse que foi o ato número 2 do golpe e o seu maior feito.

Diante de todas as evidências da orquestração golpista e do envolvimento e do complô estabelecido entre todas as instituições do Estado, o PT alimentou a ilusão de que o golpe poderia ser contido pelas próprias instituições golpistas. Por isso, procurou canalizar toda a crescente insatisfação popular contra o golpe para, no máximo, pressionar essas mesmas instituições. Primeiro, a Câmara Federal não seria capaz de levar o impeachment à frente, depois não seria capaz de aprová-lo. Consumado o impeachment na Câmara, as ilusões foram transferidas para o Senado, depois para o STF e o golpe sempre avançando. Processo semelhante ocorreu com relação a Lula. Primeiro, a 13ª vara Federal de Curitiba não tinha elementos para condenar o ex-presidente, depois o TRF-4 de Porto Alegre, não iria referendar a condenação absolutamente fraudulenta da 1ª instância, depois o STF, o STJ… e Lula está preso desde 07 de abril de 2018!.

Durante todo esse processo, o PCO se notabilizou por analisar a evolução política na sua essência, prognosticando, tendo como instrumento o método de Marx, o materialismo, à luz da luta classes. Esse fato fez com que a Análise Política da Semana apresentada pelo companheiro Rui, seja, hoje, um programa obrigatório para todos os setores que buscam entender a dinâmica do golpe e o que fazer diante dele.

Além da análise semanal, o PCO desenvolveu um conjunto de programas diários na sua TV e na sua imprensa escrita que exploram as contradições do golpe, os fatos políticos do dia-a-dia, sempre numa perspectiva da luta de classes, ou seja, qual o método de luta dos explorados para se opor e derrotar o golpe, até porque, a acertada análise do Partido não teria se desenvolvido não fosse a atuação prática da sua militância no sentido de mobilizar e apontar um caminho independente para os explorados.

Antes do início do curso, em todas as regionais do PCO, ocorrerão atividades de confraternização entre os filiados do Partido e que, também, serão abertas a todos os interessados. Em São Paulo a atividade será um churrasco no próprio CCBP, a partir do meio-dia. Nas demais localidades, procure os militantes do PCO ou entre em contato através deste sítio. Caso na sua cidade não tenha militantes do PCO, reuna os amigos, organize você mesmo a atividade de confraternização. Caso precise de ajuda entre em contato com a gente. Participe, garanta sua presença nessa importante atividade da esquerda revolucionária.

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