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1º de Maio de luta nas ruas

Rui C. Pimenta no 1ºde Maio “Não há solução fora da mobilização”

Leia a transcrição completa do discurso do companheiro Rui Costa Pimenta no Ato Nacional de 1º de Maio na Praça da Sé, um chamado à mobilização!

O ato nacional do 1º de Maio de Luta nas ruas ocorrido neste sábado na praça da Sé em São Paulo foi o principal e, praticamente, único ato de rua da esquerda com a participação real dos trabalhadores e dos movimentos populares e de luta da classe trabalhadora.

A mobilização foi uma demonstração da revolta dos trabalhadores contra o genocídio tocado pelos governos da direita, contra a política covarde da esquerda pequeno-burguesa de “se tiver condição, fique em casa; se não tiver, azar seu”, contra a política de alianças com os inimigos da classe trabalhadora, que não só é uma política oportunista e eleitoreira, como mantém os trabalhadores desarticulados reféns da política genocida.

O ato foi um sucesso e depois de uma bela agitação feita na praça da Sé, os presentes marcharam em direção às ruas do Centro, aonde encerraram a mobilização 4 horas depois nas escadarias do Teatro Municipal.

Durante todo o ato importantes líderes do movimento popular dos trabalhadores fizeram suas falas e deixaram seu chamado à luta. Confira abaixo a transcrição completa da fala do companheiro Rui Costa Pimenta, presidente nacional do Partido da Causa Operária.

Transcrição do discurso:

Companheiros, nesse momento nós temos no nosso país 400 mil pessoas mortas pela pandemia. Algumas pessoas dizem que esse número ele está muito diminuído porque ocultaram as informações e que nós teríamos já nessa altura, quase 1 milhão de brasileiros vítimas da COVID. Nesse momento são dezenas de milhões de companheiros trabalhadores que estão numa situação de passar fome. Nunca, desde a primeira vez que as organizações de luta e as organizações revolucionárias da classe operária fizeram um ato de 1º de maio, ainda sob a ditadura militar, em 1978 em Osasco, um ato como esse foi tão necessário.

A maioria dos dirigentes sindicais e das organizações políticas que dizem representar os trabalhadores, estão fazendo atos virtuais, o que é uma farsa! Porque ato virtual não muda a situação das pessoas que estão morrendo e das pessoas que estão passando fome.

Pior do que isso. As chamadas centrais sindicais convidaram para um ato virtual o principal responsável pela situação de miséria que existe hoje no Brasil, que é o ex-presidente da república Fernando Henrique Cardoso. Isso é uma coisa inadmissível, isso é uma ofensa, um atentado contra a memória das pessoas que deram origem ao 1º de maio, os mártires de Chicago, que foram executados pelo imperialismo norte-americano por lutarem pelos trabalhadores e de milhares de trabalhadores que morreram e continuam morrendo para defender a vida da classe operária no Brasil e no mundo todo.

A importância desse ato que estamos realizando aqui é que ele está sendo feito por pessoas de verdade na rua. Pra nós esse ato não é apenas uma celebração. Nós todos os organizadores e os participantes desse ato têm feito um esforço grande para combater a verdadeira devastação, a destruição da política neoliberal do governo Bolsonaro, governo ilegítimo, através do único meio que pode deter essa matança e essa destruição que é a mobilização do povo brasileiro contra os opressores e exploradores.

Agora, o que é uma mobilização? Mobilização é isso que nós estamos vendo aqui. É colocar as pessoas nas ruas, é colocar os governantes contra a parede. A mobilização é mostrar a força da revolta e da indignação do povo contra o que está acontecendo no país.

A esquerda precisa parar de se esconder debaixo da cama, sair de casa e chamar os trabalhadores, que não estão em casa, que estão trabalhando, que estão lotando o transporte público, a se mobilizar para defender a sua vida e a vida dos seus familiares. Isso tem que acabar!

As informações que nós temos sobre o problema da pandemia, que só pode ser resolvido no momento em que a população for vacinada, é que vai demorar muito, não só para o Brasil, mas para vários países, vacinarem a população. Vai demorar meses, talvez demore mais um ano para que a população seja vacinada. E aí fica a pergunta: e nesse um ano quantas pessoas vão morrer? Quantas pessoas mais vão perder o emprego? Quanto dos micro comerciantes vão perder os seus negócios? Quanto será o sofrimento do povo brasileiro?

Por que que nós não temos vacinas companheiros? Porque a vacina foi reservada para os países ricos. Na Índia, já são mais de 400 mil mortos, como no Brasil. Em vários países não há vacina nenhuma para vacinar a população. Os donos do mundo não ligam se um brasileiro, se um latino-americano, sul-africano, se um indiano vive ou morre. Para eles nós servimos apenas para ser explorados e para dar dinheiro para o enriquecimento a um número cada vez maior de um punhado de empresas.

Por isso companheiros não há solução fora da mobilização popular. Não há solução fora das greves dos trabalhadores. Não há solução fora da mobilização agressiva e, inclusive se necessário, violenta dos trabalhadores contra esses governos da burguesia.

Nós queremos companheiros, nós exigimos, nesse ato de 1º de Maio, que haja vacina para todos os brasileiros, imediatamente! Que se quebre a patente das vacinas. Que se use o dinheiro do chamado fundo soberano, para alimentar a população que está morrendo de fome, não basta doar alimentos. É preciso um auxílio emergencial de, pelo menos, um salário mínimo pra cada brasileiro para acabar com a fome. Não há nenhuma prioridade maior do que evitar a morte de milhões de brasileiros sendo pela pandemia, sendo pela fome.

Nós não podemos tolerar essa situação nem mais um único dia. Está na hora de sair às ruas e botar um basta nessa situação, nós temos que mostrar para os governadores estaduais, para os prefeitos das capitais, para esse delinquente do Bolsonaro, que está lá em Brasília, que a paciência do povo se esgotou. Nós não vamos mais tolerar essa situação.

Nós não vamos ficar em casa com a máscara no rosto enquanto 1 milhão de trabalhadores brasileiros morrem. Não vamos! Vamos sair às ruas! Vamos arrancar todo mundo de dentro de casa! Vamos parar o país até que o problema seja resolvido.

Esse, companheiros, é o motivo pelo qual nós fizemos esse ato. Se nós tivéssemos aqui a solidariedade de todas as organizações de esquerda, de todos os sindicatos, de todas as pessoas que estão trancadas em casa dizendo que não é hora de se mobilizar, nós colocaríamos dezenas, centenas de milhares de pessoas nas ruas. Porém, nós não vamos esperar por ninguém.

Nós fazemos um chamado a todas as organizações para que se mobilizem, mas se não se mobilizarem, nós que estamos aqui presentes nós vamos nos mobilizar. Nós vamos levar o povo pra rua e nós vamos derrotar essa situação, esses governos e o imperialismo.

Muito obrigado companheiros.

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