Neste momento de crises econômica e sanitária, a burguesia segue sem nenhuma preocupação real com a crise sanitária do Covid-19, expressa pela ausência de qualquer investimento ou iniciativa para melhoria das condições dos trabalhadores e a política descarada de utilizar a pandemia como desculpa para repassa do estado aos capitalistas, mais uma vez a população é roubada e acaba pagando a conta da crise capitalista. Um teatro macabro que pode custar além dos recursos a vida de milhões de operários.
Neste último domingo dia 22, o Prefeito de Porto Alegre Nelson Marchezan Júnior, PSDB, proclamou “situação de distanciamento social a toda pessoa com mais de 60 (sessenta) anos”, “para restringir a circulação no Município de Porto Alegre”, através do DECRETO Nº 20.526, DE 23 DE MARÇO DE 2020.
Esse decreto na prática retirar o direito de ir e vir dos idosos e condena os mesmos que não tiverem suporte de pessoas mais jovens a morrer de inanição em suas casas ou saírem para comprar seus itens de necessidades básicas e serem multados em R$ 417,00, o que equivale a 40% de um salário-mínimo, base da grande maioria das aposentadorias da classe trabalhadora, em resumo os idosos já ameaçados pelos vírus podem sofrer com a fome imposta pelo estado.
Essa política servirá como mais uma indústria de multas, que levantará recursos que irão para saúde e serão somados aos repassados aos capitalistas em detrimento da população, ou seja, no final é apenas mais um meio de retirar dinheiro da classe operária para os grandes empresários, com uma maquiagem humanitária.
A ocorrência da mesma medidas na Itália é esclarecedor e demonstrar que essa política não tratar-se de um caso isolado e sim de uma orientação geral da burguesia, que diante das duas crises está deixando a população a própria sorte, sem testes, sem UTI’s, com no máximo a quarentena da classe média e utilizando a crise sanitária como cobertura para retiradas de dinheiro dos estados pelos capitalistas.
Apenas a mobilização popular em torno de um programa de lutas pode fazer frente às crises, não há como ponderar seriamente sobre essas sem chegar que a burguesia colocar a humanidade em riscos totalmente desnecessários trazendo a tona a questão do poder, que sem retirar do poder os políticos burgueses todo planeta encontra-se em risco. A burguesia nestas últimas crises sanitárias demonstrou ser incapaz de garantir as mínimas condições de vida da humanidade e coloca-se como um ameaça em potência a está e apenas um governo dos trabalhadores da cidade e do campo.