Mais um setor se posiciona contra o desgoverno de Bolsonaro, agora a ABRA – Associação Brasileira de Autores Roteiristas saiu em repudio aos últimos acontecimentos de desmonte da cultura, em especial a indústria cinematográfica. Como a nomeação do quinto secretário de Cultura desse governo, o ator Mario Frias, que não é um grande nome para representar o setor da arte e da cultura, pois não passa de um mero funcionário da emissora Globo e faz do seu trabalho algo comercial, o que não é arte.
Assim como a Regina Duarte que antecedeu esse cargo e agora pretende assumir a Cinemateca, que já vem sendo sucateada desde o golpe de 2016, mostrando aí, o verdadeiro interesse do governo Bolsonaro com esse nicho que movimentava R$ 25 bilhões por ano no país e agora está sendo esmagado pela direita que está o poder e assim como o próprio Bolsonaro que à representa, não têm apreço nenhum, como bons ignorantes que são, pela arte, pela cultura, assim também pela ciência e pelo trabalhador em si, esses que sustentam na realidade este país.
A ABRA –Associação Brasileira de Autores Roteiristas– nesta quinta-feira, dia 21, entregou um manifesto contra o desmanche da indústria audiovisual brasileira que dizia:
“A ABRA – Associação Brasileira de Autores Roteiristas repudia a paralisia do setor cultural, em especial o desmonte da indústria audiovisual, responsável por mais de 300 mil empregos e que representa 0,5% da economia do país.
Enquanto o mundo reconhece a importância da arte nesse momento e acolhe os artistas, trabalhadores e produtores culturais atingidos pela pandemia, no Brasil somos alvo de reiterados ataques e desmandos.
Para além da falta de apoio em meio à crise, sofremos há quase 17 meses nas mãos de gestores incapazes de conduzir a Secretaria de Cultura.
Desconhecemos as credenciais que qualificam o ator Mario Frias para o cargo, bem como a capacidade de Regina Duarte administrar o acervo da Cinemateca.
Causa especial espanto que, ao anunciar a troca de comando do setor, o presidente tenha dado destaque aos benefícios para a vida pessoal da ex-secretária em detrimento do desenvolvimento da nossa Cultura e dos interesses da nossa sociedade.
A ABRA, em nome de mais de 500 autores roteiristas, de todos os estados do Brasil, cobra dos três poderes da República que se cumpram as leis e regulamentos do setor, que respeitem nosso trabalho, nossas empresas e nossas instituições e que façam valer o que determina o Artigo 5º da Constituição de 1988:
“O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifestações culturais”.
Carolina Kotscho
presidente
ABRA – Associação Brasileira de Autores Roteiristas”