O governo golpista de Jair Bolsonaro continua na sua política persecutória contra o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), promovendo decisão judicial de despejo, movida pela Procuradoria Federal do Estado, de posse favorável ao INCRA, contra os moradores do pré-assentamento Margarida Alves II, no município de Nova União (RO), no dia 30 de abril. Na decisão foi determinado o prazo de 5 dias para desapropriação da área, sob pena de multa diária no valor de 100 mil reais, em caso de descumprimento.
Alvo de ataque de grileiros, proprietários, garimpeiros e milícias para fins de especulação e venda ilegal de lotes na área, o pré-assentamento localizado na reserva em bloco do assentamento Margarida Alves II, surgiu no ano de 1996, no processo de ocupação da Fazenda FISHER ou FIRASA por integrantes do MST, na luta pela reforma agrária. Cerca de 130 famílias chegaram à região, acampando inicialmente na cidade, antes de iniciarem a ocupação da Fazenda, para defender a função social de oferecer trabalho e renda para a região, segundo dados da página do MST.
Procurado pelos representantes do MST, o novo superintendente substituto do Órgão no Estado, Erasmo Tenório da Silva garantiu que não haverá ação de despejo até o dia 09 de maio, data da reunião pra tratar da situação. Essa é a política de extrema-direita contra o povo. Por isso é preciso aproveitar a atual crise do governo para se mobilizar e derrotar a direita golpista.