É comum ver favelas, assentamentos e ocupações pegando fogo “sozinhas” no Brasil, por mais que se especule e que se atribua uma culpa sem sentindo aos moradores, que são sempre os principais afetados, no fim, percebe-se que os reais responsáveis por essas tragédias são os grandes empresários, latifundiários e grandes fazendeiros. Um exemplo dessas manobras da burguesia para “dar um jeito” na população pobre indesejada foi o que aconteceu nesta terça-feira (13), quando um assentamento em Galo Velho, zona rural, em Rondônia, foi incendiado.
Segundo os moradores da região, há tempos o assentamento é palco de conflitos entre latifundiários e a população pobre, que precisa daquela terra para sobreviver. O incêndio, obra da burguesia do interior, tomou uma extensão de pelo menos 15 quilômetros, segundo testemunhas. Na quarta-feira (14), foram encontrados dois corpos carbonizados e presos a cipós. Os corpos eram de um casal que, na tentativa desesperada de fugir do incêndio, acabaram se enroscando nos cipós, sendo carbonizados.
A região já é conhecida por ser extremamente violenta contra os trabalhadores sem-terra e esse tipo de ação criminosa por parte dos latifundiários só recrudesce a miséria e falta de perspectiva na vida dessa população pobre, que provavelmente teme diariamente novos ataques, afinal, no capitalismo, quem tem o dinheiro, tem a força. A vida dessas pessoas não tem valor nenhum para a burguesia, enquanto esses trabalhadores servem para ser mão-de-obra barata, são tolerados, depois, descartados como se fossem lixo.
Toda essa política de violência no campo contra as populações pobres é respaldada pelo presidente ilegítimo Jair Bolsonaro, que frequentemente aparece em vídeos afirmando que essas áreas rurais tem que servir para serem exploradas pelo fazendeiros, mineradoras estrangeiras, etc. Ou seja, o presidente golpista dá carta branca para o latifúndio exterminar os sem-terra. Sendo assim, é urgente ampliar a luta pelo Fora Bolsonaro, a fim de combater e eliminar o governo dos golpistas, que assassina trabalhadores diariamente.