Mais uma ação truculenta da política militar contra os integrantes do Movimento Sem-Terra. O caso desta vez ocorreu no Rio Grande do Norte, no município de São Gonçalo do Amarante.
Cerca de 330 pessoas que moravam no Acampamento Marisa Letícia forma surpreendidas na manhã desta última quarta-feira com a chegada da PM e com a ordem de despejo de todos os moradores.
A ação expedida pelo juiz da 1ª Vara da Comarca de São Gonçalo do Amarante, Odinei Wilson Draeger, a pedido do Ministério Público Estadual, foi mais grave ainda, pois passou por cima de um acordo firmado entre o governo estadual e o MST em 2013. No acordo, a área é concedida para os sem-terras.
No documento, o juiz intitula o terreno como “Parque Natural Municipal das Nascentes do Rio Golandim”, todavia não há parque algum na área.
A ação se insere nas inúmeras arbitrariedades e ações violentas que vêm sendo impostas aos sem-terras desde o início do processo golpista. A eleição fraudulenta de Bolsonaro apenas reforçou esse cenário. No caso em questão vemos também a atuação do judiciário golpista contra os movimentos sociais.
É preciso que o Movimento Sem-Terra reaja a essa perseguição. É preciso organizar os comitês de auto-defesa nos acampamentos e unificar a luta do campo com a dos demais setores oprimidos. Fora Bolsonaro e todos os golpistas!