O governo golpista de Wilson Witzel (PSC-RJ), do estado de Rio de Janeiro, está preparando um ataque em larga escala conta os professores da rede pública estadual. O governo quer impor o chamado modelo de escola de tempo integral. No Rio, onde já existem 290 turmas de ensino médio em tempo integral, o fascista Witzel pretende aumentar o número para 600 no próximo ano.
O período das matrículas para essas novas vagas já começará na próxima terça-feira (5). A promessa é a ampliação e a melhoria das turmas de tempo integral, mas, da forma como ocorre, é um retrocesso aos professores e alunos da rede. Nas atuais Escolas de Tempo Integral, onde os professores são constantemente avaliados, submetidos a chantagens e pressões por parte das direções, os ataques aos docentes será aprofundado ainda mais. Vale destacar ainda que essas avaliações nada têm a ver com a qualidade da aula dos professores, mas, sim, se o docente segue a cartilha imposta pela direita – se não é grevista, se engole goela abaixo as imposições do governo estadual etc.
É importante frisar também que isso é um pretexto para um verdadeiro processo de demissão em massa, para um “enxugamento” do funcionalismo, aos moldes da política neoliberal. Isso sem falar que a proposta abre as portas para uma caça às bruxas contra aqueles professores que se mobilizarem contra os desmandos do governo. De acordo com a resolução, nem mesmo os diretores de escola escapariam deste processo, o que servirá para manter as escolas nas mãos de verdadeiros carrascos, alinhados diretamente a política tucana de destruição da rede pública.
Os professores que não aceitarem integrar o projeto serão removidos “para a escola geograficamente mais próxima”, onde tenha vaga de acordo com o cargo do docente. Ou seja, o professor pode ser obrigado, geograficamente, a dar aula em outra região do estado, tendo que sair de sua cidade de origem.
A proposta é um ataque gigantesco à categoria, a qual, nos últimos anos, vem sofrendo com a política golpista de desmonte do ensino: salários defasados, superlotação de salas, fechamento de salas de aula, falta infraestrutura básica etc. É preciso mobilizar os professores contra este projeto e os demais ataques promovidos pelo governo estadual em conluio com o governo golpista federal de Jair Bolsonaro. É preciso sair às ruas, aprovar já a greve da categoria pela derrubada dos governos golpistas de Wilson Witzel e de Jair Bolsonaro!