A Polícia Militar é responsável pela esmagadora maioria dos casos de tortura e agressão a pessoas presas. São 82% ou quatro em cada cinco casos de violência, e estas acontecem no ritmo de três por dia só no Estado do Rio de Janeiro. Quase todos são homens (97%), pretos ou pardos (82%), com baixa escolaridade (76%) e com idade até 29 anos (66%).
Os dados não são de alguma “ONG esquerdista” – como gostam de relinchar os fascistas de plantão – mas da própria Defensoria Pública. Trata-se de um programa que faz o levantamento da existência de maus tratos contra pessoas presas nas primeiras 24 horas do flagrante. E os dados mostra o óbvio, que infelizmente a imprensa burguesa se recusa a reconhecer: são os próprios policiais, e não outros presos, que representam a verdadeira ameaça à população marginalizada.
Sim, as cadeias e presídios estão cheias de criminosos, mas estes criminosos não estão atrás das grades, e sim fardados, treinados para torturar a população pobre, que comete pequenos furtos e delitos numa tentativa de matar a fome. Engana-se a procuradoria ao acreditar que programas de “educação” irão melhorar a situação. A força policial é um órgão de repressão da burguesia e não tem serventia a ela se não for exatamente assim.
É por isso que as polícias precisam ser extintas e o controle da segurança pública deve ficar nas mãos da classe trabalhadora, comitês de autodefesa, conselhos populares entre outros.