Após o prefeito Marcelo Crivella anunciar há 25 dias que as escolas da Rede Municipal de Educação poderiam “reabrir voluntariamente”, as Coordenadorias Regionais de Educação (CREs) realizaram reuniões e determinaram o retorno dos professores às escolas a partir desta terça-feira, dia 10/11, volta que não ocorreu em razão de mobilização dos professores junto ao sindicato. No entanto a pressão do governo fascista impôs a reabertura das escolas municipais do Rio para o último dia 17.
Frente a isso, o Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) convocou os professores para decidirem em assembleia on line, os rumos da luta, os professores deliberaram pela greve, que se iniciou para impedir a volta às aulas.
No entanto, mesmo com a greve parcela das escolas reabriram. A política da direção sindical, em que pese a defesa da categoria é ineficiente, em razão de não convocar a categoria para mobilizações.
O governo fascista de Crivella pela força quer colocar professores e alunos para dentro das escolas, para se contaminarem, transmitirem o vírus e morrerem por Covid.
A direção sindical se limitou a enviar três ofícios à Secretaria Municipal de Educação (SME) do Rio, pedindo o fechamento das escolas por conta do agravamento da pandemia de covid-19 no estado. O Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) realizou um levantamento na última semana onde apresenta uma relação atualizada dos colégios da rede municipal de ensino que estariam fechados em função da pandemia do novo coronavírus: ao todo, são 272 instituições de um total de 427 colégios que tiveram as aulas retomadas no dia 17, o que representa 63,7% das unidades fechadas.
A resposta dos professores e sindicato teria que ser a convocação de grandes atos com distanciamento social em frente à sede do governo, contra a reabertura de todas as escolas municipais. Isso não ocorreu, mas é o que tem que ser colocado, se não houver o enfrentamento da mobilização presencial é o governo que vai impor pela força a volta as aulas presenciais ainda neste ano.
Frente a essa ausência de luta, as aulas voltaram em parcela das escolas da capital carioca. É necessária a convocação de piquetes para esclarecimento da população, ao mesmo tempo impedir que professores colaborem com esta política genocida do prefeito Marcelo Crivella.
Em assembleia virtual realizada na terça-feira, dia 24, os profissionais da rede municipal do Rio de Janeiro decidiram, por ampla maioria, pela manutenção da greve em defesa da saúde e da vida contra o retorno às atividades escolares presenciais, com a manutenção nesse momento das atividades online e de home office. Foram 321 votos a favor da greve; 17 votos pela suspensão e 43 abstenções.
No dia 01 de dezembro, será realizada nova assembleia geral virtual da rede municipal do Rio, que deve apontar para a radicalização da luta, aprovando piquetes nas escolas abertas para fechamento das mesmas e ter como bandeira a não volta as aulas em meio à pandemia, volta às aulas só com vacina.