Nesta quarta-feira (16) rodoviários da empresa Transportes Campo Grande paralisaram o trabalho e fizeram protesto em frente à garagem da empresa, na Avenida Santa Cruz, no bairro de Campo Grande na Zona Oeste da cidade do Rio de Janeiro.
A motivação é o não pagamento do décimo terceiro salário dos funcionários, que aceitaram a proposta da empresa de dividir o benefício em mais de quatro parcelas. Em assembleia, os motoristas e cobradores da empresa Campo Grande debatiam se aceitariam a proposta da empresa de dividir em cinco parcelas o recebimento do 13º. A proposta da categoria era receber em, no máximo, duas vezes. Eles também cobram a entrega de cestas básicas e o cumprimento das horas extras. “Fazemos horas extras e a empresa não está pagando. Estamos reivindicando a carga horária: já que não estão pagando hora extra, faremos só sete horas de trabalho. A cesta básica é outro problema: vem descontada no contra-cheque, mas a gente não recebe”, afirmou Edivaldo Cordeiro, um dos organizadores da mobilização.
O bairro de Campo grande e Santa cruz na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro são bairros de uma densidade demográfica muita intensa é e um bairro operário a população não tem acesso ao metro e as linhas de ônibus que partem do bairro ao Centro da cidade são importantes para outros moradores de bairros vizinhos como de Bangu que também precisam dessas linhas de ônibus para chegarem ao trabalho.
A Supervia (companhia operadora de transporte ferroviário) informou que até 9h de quarta-feira, “foi observado um aumento de 3,5% no número de passageiros em relação à média das últimas duas quartas-feiras”. “O ramal Santa Cruz apresentou um aumento de 2.252 passageiros (7,2%). A estação com maior crescimento absoluto foi Bangu, com uma variação de 37,7% e um ganho de 1.095 passageiros”, disse a operadora dos trens.
A cidade do Rio de Janeiro e o Estado são administrados por verdadeiras máfias locais, que são ligadas as empresas de transporte que financiam as candidaturas como do atual prefeito o bispo Marcelo Crivella, os empresários dono dessas empresas são autênticos gângster que enriquecem explorando os trabalhadores.
As empresas que deram o calote. fizeram um acordo de pagamento de quatro parcelas, o que deveria ter sido pago em uma parcela somente no dia 20 de dezembro. O parcelamento do 13° e o não pagamento das cestas básicas e uma afronta ao trabalhador é muito pouco para esses mafiosos que ganham milhões explorando o trabalho de milhares.
Transporte público não é mercadoria e é um serviço essencial para milhares de pessoas, neste sentido a importância de as empresas de transporte voltarem para administração do Estado.
A reestatização dos transportes salários e condições dignas de trabalhos são conquista que só podem ser conseguidas e garantidas com a luta dos trabalhadores explorados.