Com a confluência entre a crise capitalista e a crise sanitária, provocada pela pandemia do Coronavírus (COVID19), empresários querem se aproveitar da situação de caos social para aumentarem seus lucros. Na manhã desta terça-feira (24) a Central de Abastecimento do Estado do Rio de Janeiro (Ceasa) apresentou alta nos preços de diversos alimentos, com destaque para alho, banana prata e tomate.
Repetindo o que já ocorreu com os preços das máscaras cirúrgicas e do álcool em gel, quando começaram a ser diagnosticadas as primeiras pessoas infectadas com o COVID19 aqui no Brasil, agora são os produtos alimentícios a terem os seus preços inflados pela especulação no mercado. Apesar da porcentagem nos aumentos ser menor desta vez, aponta para uma perigosa tendência para a população.
Mediante o total descaso do governo com a população, os capitalistas se aproveitam para ganhar ainda mais dinheiro. Sem controle estatal sobre a economia e com a fiscalização inexistente, os especuladores vampirescos fazem a festa.
Se, por um lado, o poder de compra da população mais pobre tende a cair, com as demissões em massa e a possibilidade de redução salarial pela metade; medida já anunciada, mas ainda não publicada oficialmente, pelo governo ilegítimo de Jair Bolsonaro. Por outro, teremos que lidar com a farra dos empresários.
Como enfrentar o problema
Os governos capitalistas já deixaram bem claro que sua preocupação é com os grandes empresários e banqueiros, então não podemos ter nenhuma confiança em qualquer demagogia que venham a lançar mão com o inevitável aprofundamento da crise.
Para fazer frente à situação, o Partido da Causa Operária (PCO) publicou no dia último dia 15/3 um conjunto de medidas necessárias para enfrentar a crise atual, entre elas a criação de comitês de controle do abastecimento e especulação com gêneros de primeira necessidade.
Esta medida é fundamental para garantir que os empresários não consigam estocar itens com alta procura, e assim promover artificialmente a alta nos preços, impedindo o acesso da população mais pobre a itens básicos e comprometendo suas condições de vida e sua própria sobrevivência.
Não basta esperar que o governo tome as providências necessárias para evitar a especulação, é preciso tomar a frente da situação o mais rápido possível. Ninguém melhor do que a própria população para fiscalizar e garantir o abastecimento dos itens básicos necessários para sua sobrevivência, em especial, os gêneros alimentícios.