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Clube-empresa

RIP Bragantino

Imperialistas do Red Bull apresentaram a nova logomarca do time, um crime contra os torcedores

Por Henrique Áreas

Essa semana foi apresentado para a imprensa o novo distintivo (melho seria chamar de logomarca) do Bragantino (que agora deve ser chamado de Red Bull Bragantino). Na realidade, podemos afirmar, sem medo de exagerar, que a apresentação da novo símbolo e novo nome do time marca o fim do Bragantino. Na prática, o clube não existe mais.

A empresa imperialista austríaca Red Bull adquiriu o Bragantino em meados do ano passado. Numa transação que envolveu o presidente do clube e o prefeito da cidade de Bragança Paulista, ambos herdeiros da família Chedid que domina políticamente o município e o clube há muitos anos. Esses cartolas, que quem acompanha de perto o futebol paulista sabe que são uma das maiores escórias corruptas do futebol brasileiro, foram os responsáveis por entregar algo que não é deles nas mãos desses capitalistas.

Apenas essa transação financeira por si só já seria criminosa. A família Chedid pode até se achar dona do Brangantino, mas não é. O time não pertence a esses cartolas, pertence aos torcedores e à população de Bragança.

Mas a operação criminosa não parou por aí. Não bastasse o clube estar nas mãos da multinacional de bebidas, o time foi descaracterizado naquilo que talvez seja a maior essência de um clube de futebol: seus símbolos, suas cores, seu uniforme.

O Bragantino morreu quando suas lindas cores alvinegras foram apagadas do distintivo. O Bragantino morreu quando seus treinos deixaram de ser realizados na cidade de Bragança e passaram a ser feitos na cidade vizinha de Jarinú, onde se localiza o Centro de treinamento da empresa Red Bull, ou seja, distante dos torcedores. E o Bragantino morrerá ainda mais quando entrar em campo com um uniforme colorido com cores que nunca foram seus.

Para não ficar apenas no pessimismo é preciso dizer que a única forma de ressustar o Bragantino será através de sua torcida, inclusive com o apoio de outras torcidas.

O clube de futebol é o maior e mais fiel e incondicional amor de um pessoa. Os capitalistas (e os cartolas) amam o dinheiro, apenas o dinheiro. Por isso cometem crimes como o que está sendo feito contra o Bragantino, por isso cometem crimes infinitas vezes piores no mundo.

Ao descaracterizar as cores, o nome e o distintivo do clube o Red Bull está matando também os torcedores. Está ferindo profundamente o orgulho da torcida, que precisa reagir como único antídoto contra esse mal. É preciso colocar para fora esses empresários.

O que está acontecendo no Red Bull deveria servir de exemplo para todos aqueles que ainda não se deram conta do significado do clube-empresa. Um torcedor que ama de verdade seu clube não abre mão de sua história e  de seus símbolos. Não entrega seu clube nas mãos de um punhado de parasitas que querem destruir o futebol.

É preciso uma reação imediata das torcidas sob pena de num futuro não tão distante os brasileiros estejam torcendo para marcas e não para seus times do coração.

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