Na madrugada de segunda (5), a polícia militar do Rio de Janeiro, dá mais uma demostração de que é verdadeiramente uma máquina de matar pobres em favelas e comunidades.
Em operação totalmente ilegal, segundo a ONG “Redes da Maré”, a polícia deu mais uma demostração de terrorismo e covardia. De acordo com a ONG, “operações policiais não podem acontecer de madrugada, segundo a Ação Civil Pública da Maré”. Essa ação está em vigor, conforme afirma o Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJRJ), procurado pela reportagem do jornal O Dia. Pelo menos 5 trabalhadores foram mortos e 4 foram baleados na operação que vitimizou moradores das comunidade Parque União, Nova Holanda, Rubens Vaz e Parque Maré, todas na Zona Norte do Rio, próximas ao bairro de Bonsucesso.
Operações como essas se tornaram rotina nas vidas das pessoas das comunidades cariocas, que vivem tempos de terror intensificados com a tomada do comando das forças de repressão e extermínio do povo pobre pelas forças armadas, sob a batuta do interventor General Braga Netto. O corpo de um professor foi retirado da comunidade pelos moradores em um carrinho e a namorada do homem, desesperada afirmou: “Ele era monitor de física aqui na comunidade. Cheguei aqui na última sexta-feira e iríamos voltar para o Nordeste. Eles foram covardes. Mataram ele pelas costas”.
A violência mais grave que a população enfrenta é, sem sobra de dúvidas, a violência estatal de suas polícias, que se tornaram facções criminosas militares, de extermínio e silenciamento do povo pobre, com o incentivo de políticos golpistas como o Wilson Witzel e Flávio Bolsonaro, que pretendem impor o terror e o medo às populações das periferias da cidade. A classe trabalhadora precisa se organizar para responder a altura a esses ataques da direita fascista.