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Expedito Mendonça

Militante trotskista há 40 anos, fundador e atual diretor do Sindsep-DF. Formado em História pela UniCEUB, membro da comissão de redação do Jornal Causa Operária e colunista do Diário Causa Operária.

Calamidade pública

Rio de Janeiro – Pandemia, caos social e impeachment

O Estado do Rio de Janeiro vive uma situação de verdadeiro caos e tragédia social, com a epidemia do coronavírus se alastrando pelas comunidades pobres e do interior

O segundo mais importante estado da federação vive uma situação dramática. O Rio de Janeiro, no que diz respeito à epidemia do coronavírus é o que registra o segundo maior número de casos e também de óbitos. De acordo com os registros oficiais (sempre subnotificados, isso precisa ficar claro) já são quase 76 mil casos confirmados em todo o Estado. Quanto aos mortos, os cariocas sentem a dor da perda de mais de 7 mil pessoas. Um verdadeiro massacre. Uma barbárie social inominável.

Em meio a estes números calamitosos, o Estado atua de forma absolutamente negligente quanto às iniciativas para deter o avanço da pandemia. A doença avança velozmente para o interior, onde cresce o registro de infectados e mortos, diariamente. Também nas comunidades pobres da capital – inicialmente com registros baixos – os números já são alarmantes, com taxas cada vez mais altas de infectados e mortos.

Na capital e no interior, o isolamento social é uma ficção, praticamente inexistente, com as atividades funcionando quase em ritmo de normalidade, onde o que se vê são os transportes públicos superlotados, assim como as áreas de comércio popular e outros serviços em franca atividade.

Não por acaso os estados de São Paulo e Rio de Janeiro, os dois maiores e mais importantes do país, chefiados por governadores abertamente direitistas (João Dória-SP) e (Wilson Witzel-RJ) são os  que ostentam os números mais alarmantes da pandemia da Covid-19. E o motivo não é outro senão as concessões que são feitas aos capitalistas locais, que pressionam pelo fim do isolamento e pelo retorno ao trabalho, pouco se importando com a saúde e a vida dos trabalhadores.

No Rio de Janeiro, se tudo o que vem acontecendo já não fosse suficiente, soma-se agora a crise político-institucional envolvendo o próprio governador do Estado, ameaçado de afastamento do cargo por meio de impeachment, que já foi aceito pelo legislativo estadual. Witzel é acusado de envolvimento em irregularidades na compra de equipamentos para hospitais de campanha no Estado, que, a propósito, alguns sequer foram inaugurados, apesar de já terem passado mais de 40 dias da da prevista para a inauguração.

Dois destes hospitais de campanha deveriam ser inaugurados nesta sexta-feira (12), mas a abertura foi adiada pela quinta vez. “As unidades de São Gonçalo e Nova Iguaçu continuam em obras. O governo do estado do RJ havia prometido abrir sete unidades de hospitais de campanha para o enfrentamento da Covid-19 até o dia 30 de abril – mas desse total, apenas1 (um) está funcionando, o hospital no Maracanã, na Zona Norte do Rio. Do total, três estão sem prazo para serem entregues. São os de Nova Friburgo, na Região Serrana, de Campos, na Região Norte e Casimiro de Abreu, na Região dos Lagos” (Portal IG, 12/6).

Este é o resultado da política burguesa de destruição e caos, implantada no país a partir do golpe de Estado de 2016, Os golpistas federais e estaduais estão conduzindo a nação a uma situação trágica e catastrófica, onde a pandemia da Covid-19 já ceifou a vida de mais de 41 mil brasileiros. O país caminha rapidamente para chegar ao espantoso número oficial de 1 milhão de infectados, próximo a assumir a liderança negativa de casos confirmados em todo o mundo. Isso sem considerar a enorme subnotificação e a fraude oficial do Ministério da Saúde, que adotou como política a ocultação dos números.

 

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