O ministro do meio ambiente, Ricardo Salles, em reunião virtual do CONAMA (Conselho Nacional do Meio Ambiente) nesta segunda (28), com o irrestrito apoio de representantes da burguesia, revogou as resoluções 302 e 303, que estabeleciam critérios para a preservação de áreas litorâneas de manguezais e restingas, de áreas no entorno de reservatórios de água e mananciais urbanos.
Foi revogada também a resolução 284, que submetia projetos de irrigação ao processo de licenciamento ambiental, criando nova resolução que permite a queima de resíduos de poluentes orgânicos persistentes em fornos de produção de cimentos, substâncias como pesticidas, inseticidas e fungicidas utilizados na agricultura.
Apesar das críticas e do voto contrário de representantes de ONGs e institutos de preservação ambiental, bem como de alguns Estados, que propuseram até a manutenção com alterações das resoluções, Salles e sua turma fizeram como ele mesmo preconizou na reunião ministerial de março deste ano “vamos aproveitar para passar a boiada”.