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Ricardo Salles: um fascista no Ministério do Meio Ambiente

Nesta segunda-feira, o Ministro do Meio Ambiente do governo golpista, Ricardo Salles, participou do programa Roda Viva da TV Cultura. A entrevista conduzida pelos entrevistadores de maneira bem tranquila para mostrar o Ministro como uma pessoa sensata, enaltecendo-o. Apesar da entrevista “água com açúcar”, no final foi questionado se conhecia o trabalho do sindicalista assassinado pelos latifundiários em 1988, Chico Mendes, Ricardo Salles enrolou nas respostas e afirmou: “Eu não conheço o Chico Mendes e eu tenho certo cuidado em falar sobre coisas que não conheço”. “Que diferença faz quem é Chico Mendes nesse momento?”, concluiu.

Essa afirmação gerou uma grande repercussão, mas não é a primeira declaração ou medidas que demonstra um comportamento fascistóide e que deixariam qualquer pessoa minimamente progressista arrepiado.

É importante lembrar que Ricardo Salles é um legítimo representante da extrema-direita fascista e que, apesar de ser jovem, possui uma enorme ficha corrida. Ricardo Salles é um representante dos latifundiários e atua abertamente contra a legislação ambiental e trabalhista em favor desse setor. Já saiu candidato pelo PFL, DEM e Partido Novo e secretário pessoal do tucano Geraldo Alckmin. É fundador e atual presidente do Movimento Endireita Brasil, articuladores do golpe de Estado em 2016.

Enquanto secretário do Meio Ambiente do Estado de São Paulo, foi responsável por diversos ataques a esquerda, ao patrimônio público e artístico. Deu a ordem para a retirada e destruição do busto do guerrilheiro e ex-capitão do Exército Carlos Lamarca, que estava instalado no Parque Estadual do Rio Turvo, em São Paulo e a retirada de um mural que explicava a passagem e a instalação de um campo de treinamentos de guerrilha por Lamarca e outros guerrilheiros na região na década de 70. A atitude foi tão grotesca que o Ministério Público abriu um inquérito para investigar a atitude de Salles.

Também é alvo de outra ação movida pelo Ministério Público de São Paulo sob a acusação de alterar ilegalmente o plano de manejo de uma área de proteção ambiental, uma APA na Várzea do Rio Tietê (, para beneficiar empreendimentos econômicos, de mineradoras e do agronegócio paulista. A fraude foi realizada em conjunto com a FIESP com a modificação de mapas elaborados pela Universidade de São Paulo e pela perseguição aos funcionários da Fundação Florestal (Órgão responsável pelas questões ambientais no Estado).

Na apelação do MP afirma que “os citados agentes públicos agiram à sorrelfa e com a clara intenção de beneficiar setores econômicos, notadamente a mineração, dentre outros. Foram incluídas “demandas” da FIESP que já haviam sido rejeitadas no momento oportuno”. “Ricardo de Aquino Salles ocupava a posição mais relevante no Sistema Ambiental Paulista e, mesmo assim, pessoalmente determinou a realização de alterações fraudulentas no Plano de Manejo da APAVRT, todas elas desfavoráveis ao meio ambiente.”

Na sua gestão ocorreu a maior entrega do patrimônio público ambiental para as empresas privadas desde a ditadura militar, quando entregou de mão beijada 25 unidades de conservação estaduais.

Em sua campanha eleitoral, declarou nas redes sociais para utilizarem a munição de fuzil 3006 (seu número de candidato das eleições) “contra a praga do javali” e “contra a esquerda e o MST”. O fascista compara a esquerda e o MST a uma praga, no caso o javali, e que deve ser combatido com fuzil.

Somente essa última declaração, ao melhor estilo dos bolsonaristas, já seria suficiente para enquadrar o ministro como fascista. Mas como estamos vendo que a ficha corrida é enorme e vem a vários anos atuando para atacar a esquerda e o patrimônio público em defesa dos latifundiários e dos grandes capitalistas.

Bolsonaro está colocando no governo uma equipe extremamente reacionária e com comportamento fascista. Como já foi dito por este diário de notícias está formado os ministérios mais reacionários da história do país. Essa afirmação mostra que o caminho para impedir o avanço da extrema-direita e de sua política de destruição dos direitos da população não é de maneira parlamentar, com discursos no congresso nacional e entrega de relatórios para os ministros golpistas, ou de oposição democrática.

É necessário realizar uma enorme campanha contra o governo Bolsonaro e mobilizar a população para derrotar a extrema-direita.

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